segunda-feira, 31 de março de 2014

Casar ou não casar? Eis a questão!


Lembro-me de meus pais lendo para mim histórias de princesas e seus príncipes antes de eu dormir. Era comum eu sonhar com castelos, bruxas, torres e o tal Encantado. Era pequena ainda, mas a coisa ficava, sabe? Era uma espécie de lavagem cerebral diária onde a informação “O Príncipe é o caminho” repetia-se até que invadisse meu inconsciente e dominasse meus sonhos.

E o tempo passou e eu saí dos contos de fada para conhecer outros autores. Ainda não tinha uma visão literária como tenho hoje e menos ainda senso crítico, então, aos 13 e 14 suspirei apaixonada lendo Sidney Sheldon. O príncipe estava lá, mesmo que sem cavalo e capa e com pequenos defeitinhos.

Graças a Deus cresci! Não conheci o tal príncipe, mas casei com algo que parecia perto de algum tipo de nobreza na época. Também, sejamos francos, eu não era nem de longe uma princesa. Então, tudo estava dentro de um parâmetro confortável. Amor? Bom, naquela época eu achava que sim. Amor era facilmente confundido com calores em certas partes e algumas crises de choro ao som de Bee Gees. Contudo, havia um envolvimento que permitia querências típicas como ficar ao lado, não se ausentar por muito tempo, trocar informações do dia a dia. Hoje vejo mais como “ausência parental”. Explico-me: meus pais separados, minha mãe não tinha diálogo comigo, meu padrasto era um saco. Eu vivia num universo só meu e do tal “semi-príncipe”. E um pensamento inocente alerta: identifico-me com ele, logo o amo. A juventude é inocente, e o pesadelo da maturidade. Mas enfim...

Casei-me aos 22. Foi bom! Foi dentro do esperado. Embora confesse que por algumas vezes pensei nos dragões e lobo maus que conheci ao ver o meu príncipe roncando ao meu lado. Noites insones inspiram pensamentos nem sempre produtivos. Fiquei 17 anos casada oscilando entre “Eterno enquanto dure” e “Acaba logo pelo amor de Deus”. Até que acabou. Bom, não é disso que é para falar. Voltemos ao ponto...

“O casamento é uma necessidade?”, você perguntou. Não! O casamento é um estágio da vida que pode ser perfeitamente ignorado. “E quando se deve casar?” – você deve estar se perguntando. Case-se quando a vida lhe assinalar que é a hora. Ainda que o juízo aponte riscos. Case-se quando você pensar que a vida com aquela pessoa pode ficar melhor, mesmo na incerteza. Case-se e pronto! Só não se case porque está ficando velha, porque as pessoas estão cobrando, porque vai ficar para “titia”, porque quer alguém que a sustente.

Ficar velha é algo natural. Pague uma aposentadoria privada, tenha boa alimentação e prepare-se para uma velhice saudável e segura. Casamento não é INSS para garantir a sua aposentadoria.  As pessoas estão incomodas porque você não tem um namorado? Dê a elas um gato e mande que elas cuidem das sete vidas dele ao invés da sua.  Está ficando para titia? Seja uma tia maneira! Vá ao cinema com os sobrinhos, jogue videogame com eles, curta essa galerinha que é incrível de se conviver quando nos disponibilizamos a entendê-los lembrando que fomos como eles.

Se não esquecer que casamento não é refúgio, é compromisso; não é obrigação, é decisão; tudo dará certo. O importante é agir com consciência para não entrar no arrependimento. E amar, amar, amar... e quando possível, amada ser.

CASAMENTO, UMA NECESSIDADE.

Por Gabriella Gilmore


"Bem sabe que não sou romântica. Nunca fui. Desejo apenas um lar confortável; e, considerando o caráter do Sr.Collins, suas relações e sua situação na vida, estou convencida de que tenho tanta possibilidade de ser feliz quanto qualquer outra pessoa que se case." Disse Charlotte Lucas.

Essa foi a explicação de Charlotte a Elizabeth Bennet, quando aceitou o pedido de casamento do primo da Srta Bennet. Srta Lucas sabia que três dias antes, Sr. Collins havia pedido a mão da prima que na mesma hora recusou.

Sem segurança financeira, e quase chegando aos trinta, Srta Lucas temia um futuro solitário e sabia que os pais não estariam ali para ela a vida toda. Não era comum a mulher trabalhar e se sustentar naquela época, portanto a única salvação para elas era o casamento. Nessas relações, o amor surgia através da convivência, ou não. Nos dias de hoje, algumas mulheres acabam repetindo histórias do passado. Por que? O que faz uma mulher esperar tanto tempo para o casamento? Dessas mulheres que tenho conhecido através deste romance, tenho me identificado com Elizabeth, mas essa fala de Charlotte externou muito o que eu penso sobre a condição da mulher com a idade "avançada". E para você, o casamento é uma necessidade?

quinta-feira, 27 de março de 2014

Não Deixe de Olhar Por Aí!


Olhe para fora sim, Gabi!!!

Porque olhando para fora observamos a miséria humana que percorre calçadas de narizes empinados e bolsas Louis Vuitton. Gente falsificada por inteiro. Ostentam orgulhosas seus luxos na tentativa fútil de esconder seu lixo, alma podre na grande maioria das vezes.  Então, olhe para fora para não se contaminar, para não ficar igual, não cair no padrão. Como diz na canção de Guilherme Arantes “Prá nunca perder. Esse riso largo. E essa simpatia. Estampada no rosto...”. É preciso cuidado para esse vermezinho nojento da sociedade hipócrita não entre por nossas narinas nos fazendo perder o senso do real, do verdadeiro, daquilo que dá sentido ao viver: a essência.

Darcy está certíssimo! Há um lado oculto em nós que nada nem ninguém muda. É o lado que questiona e incomoda. O lado que alfineta e instiga. O lado que pisa nos bons costumes com salto 15 e escarna dos conceitos de certo e errado. O lado que assombra a moral. Em certo texto meu coloquei a afirmação de que somos prostitutas na calçada da vida, todos sem exceção; e alguém se indignou nos comentários. Imagina o senhor de gravata e terno sendo comparado a uma prostituta! Despautério total de uma aspirante a escritora. E eu ri as gargalhadas lendo aquilo. Sabe por quê? Tinha achado a prostituta decadente no meio de todas as outras.

Levanta a cabeça e olha como o mundo lá fora tem alma doente e fétida. Faz isso para semear todos os dias uma flor nova em você. Para que você não sinta o cheiro prurido que eles exalam quando falam de suas posses, suas origens, suas vitórias... Orgulhosos decrépitos que ignoram o pedinte na calçada, mas discutem inflamados sobre a fome do mundo num banquete. Coloque todo dia uma dose a mais de humanidade no seu café, Gabi, para que você nunca faça isso. Que seu orgulho seja dormir em paz diante de suas escolhas, atos e conceitos. Porque assim, todo dia, você caberá mais nos ambientes e ampliará mais o seu interior.


quarta-feira, 26 de março de 2014

CORREÇÃO DE CARÁTER



Por Gabriella Gilmore

Eu conhecia Jane Austen pelos filmes, mas ainda não havia lido nenhum de seus livros. Fui agraciada com Orgulho e Preconceito este mês e estou apaixonada. Acontece que Austen escreve da forma como eu gosto de ler. Adoro diálogos, e como meu cérebro não processa muito bem autores que descrevem muito o ambiente e cenário, eu aproveito melhor textos introspectivos. Um mapa interior me cai melhor. "Olha para fora Gabi!" Diria Zibetti para me atormentar, rs, porém o interior sempre me chamou mais a atenção.
A princípio, achei que o livro abordasse preconceito racial, ou coisa do gênero, e estava curiosa para saber que tipo de orgulho ele tocaria, e mais uma vez a autora conseguiu me conquistar. A leitura tem sido leve e agradável, e no meio de tantos personagens de personalidade forte e distinta, você acaba se identificando com algum. Ate o momento, estou na mente e no coração de Elizabeth. O que será que minhas companheiras de clube estão achando?

- Existe, acredito, em cada temperamento a tendência para algum mal, uma falha natural que nem mesmo a melhor educação pode extinguir. Falou Sr.Darcy.
- Seu defeito é uma propensão a odiar todas as pessoas. Retrucou Elizabeth.
- E o seu - replicou ele, sorrindo - é fazer questão de não compreendê-las.

Nesse trecho os personagens falavam sobre o jeito difícil e orgulhoso que Darcy encara a vida. Creio que no decorrer da trama, algum motivo Darcy deve ter por agir assim. Eu o adoro e não acho que ele seja vilão, inclusive não é atoa que Eliza se apaixonará por ele.

Você já se apaixonou por alguém que odiava? Eu já.

sexta-feira, 21 de março de 2014

ORGULHO E PRECONCEITO

Livro em discussão até dia 17 de abril de 2014.
Leia conosco!


Sugestão da Colunista: Gabriella Gilmore

"Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós. " Jane Austen.

sábado, 15 de março de 2014

Quando Chegar - Por Martha Medeiros



"Quando chegar aos 30
serei uma mulher de verdade
nem Amélia num ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez

e quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe

e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade."

Um adendo...







Chegou ao apartamento dele trajando apenas
uma sandália de salto,
um penhoar de seda pura,
um chapéu de véu no rosto.

Entrou e parou no meio da sala
levantou o véu
mostrou o rosto sem maquiagem
e nada disse.
Ele também não.

Tirou o chapéu e sacudiu o cabelo.
“Sou assim!
Meu cabelo é cheio e embaraça no vento.
Tenho olheiras por conta da insônia
e minha boca não tem aquele brilho.”

Tirou as sandálias.
“Sou dez centímetros menor
do que você costuma ver.
E gosto de andar descalça
para sentir a maciez do tapete.”

Abriu lentamente o penhoar.
“Sou gordinha.
Tenho estria e celulite.
Tenho cicatriz de brincadeira de criança.
Meus seios estão sofrendo os efeitos da gravidade.”

Ficou ali na sala
olhando para ele
que só sorriu.

“Muito prazer eu sou mulher!”

“Ainda bem!
Porque quero acordar
e ver os seus cabelos assim, desarrumados.
E quero saber que passamos a noite nos amando
e que suas olheiras chamam-se: prazer.
E ver que sua boca não brilha
mas seus olhos são cristais reluzentes ao sol.
Que os dez centímetros que o salto lhe rouba quando você os tira
não faz a menor falta diante do tamanho do seu coração.
E desejo que não só os seus pés toquem a maciez do tapete,
quero seu corpo inteiro deitado nele.
Que bom ter defeitos bobos
como pesinho a mais, celulite e estrias.
A perfeição é cansativa.
Cicatrizes temos todos,
antes no corpo que na alma.
E seus seios é só mais uma
das muitas coisas que amo em você.”

Outro silêncio.
Ela ainda nua no meio da sala.
Ele parado com um sorriso safado no canto da boca.

“O prazer é todo meu,
sou seu homem!”
(Waleska Zibetti, in "Streap-tease")

O que quero com essa publicação, é dizer que independente de idade, toda mulher deseja ser amada e respeitada por daquele a quem se entrega. Mas, se vocês homens que me leem agora, pararem para se analisar um pouquinho verão que é isso também que vocês esperam. Porque indiferente de sermos homens e mulheres, termos 30 ou 100, quando entramos numa relação o que esperamos é amor e respeito. E esses dois, na dose exata, deixa a vida muito melhor.

Encerro aqui a minha parte sobre esse assunto. E que venha o próximo livro! 

Até lá!!!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Resposta a todos as postagens anteriores

Há um certo prazer na espera. Depois de tudo alcançado, percebemos como era bom deliciarmo-nos naquele sentimento de busca e esperança. É isso que move muitas pessoas. Um ciclo de esperança, conquista, busca e sucesso. Portanto, sem mais demagogia, eis a minha primeira postagem no Clube de Leitura Virtual.

Gabriella postou um trecho do livro descrevendo a insatisfação e melancolia da personagem após o primeiro ano de casamento. Inicialmente, é interessante entendermos o que é casamento.

A palavra casamento é derivada de "casa", enquanto que matrimonio tem origem no radical mater ("mãe") seguindo o mesmo modelo lexical de "patrimônio". Também pode ser do latim medieval "casamentu": Ato solene de união entre duas pessoas, capazes e habilitadas, com legitimação religiosa e/ou civil. - Fonte: Wikipedia.

No Egito Antigo, o casamento "era um ato do foro privado, a concretização do desejo de viver em conjunto, sem qualquer tipo de enquadramento jurídico e sem necessidade de sanção religiosa." Na Grécia Antiga, "era geralmente monogâmico, constituindo um assunto do foro privado, sem intervenção da pólis." "casamento na Roma Antiga era uma das principais instituições da sociedade romana e tinha como principal objetivo gerar filhos legítimos, que herdariam a propriedade e o estatuto dos pais. Entre as classes mais prestigiadas, servia também para selar alianças de natureza política ou econômica."

Cada um escolhe a sua doutrina.

Julie se casou e fez várias outras escolhas precipitadamente. Agiu de forma emocional. Criou expectativas em demasia, frustrou-se e tornou-se infeliz. Em outras palavras, ela não foi diferente de nenhuma outra mulher dos dias atuais, ela foi jovem e inocente, encantou-se pelo coronel, bem descrito pelo pai de Julie aqui: 

"(...)sua alegria é sem espírito, alegria de caserna, não tem talento e é perdulário. É um desses homens que o céu criou para comer e digerir quatro refeições por dia, dormir, amar a primeira que lhe aparece e bater-se. Não compreende a vida."

E, por que será que ela quis se casar com ele? 
A mulher de trinta, não vislumbra somente as elegâncias e cortejos meramente aparentes no seu "objeto de desejo". Ela quer além. Ela sabe o que quer. "Sabe rir das situações embaraçosas, não cede, escolhe. Experiente, dá mais do que ela mesma. A jovem desonra-se sozinha, enquanto a mulher de trinta nunca perde a honra."

Mas, todas essas qualidades e prodígios da mulher de trinta vêm num estalar de dedos? Apertamos um botão e a independência surge junto com a determinação em ser feliz?

Fatos sobre uma mulher de trinta (e poucos)
Essa mulher de trinta (e poucos) que vos escreve, casou-se aos vinte e poucos, deslumbrada pela oportunidade de sair da casa dos pais e ter sua vida banhada de escolhas próprias e pelo entusiasmo de ser ela mesma, de ser feliz. Pois assim, ele a fazia acreditar. E ela acreditou, por que não?
E, um tempo depois, assim como a personagem de Balzac, ela estava desiludida, frustrada, infeliz e completamente sem perspectivas.
Sim, todas nós idealizamos a imagem do casamento e toda sua glória. A vida perfeita que teremos em seguida, o amor e compreensão do cônjuge, principalmente sua cooperação (grandes expectativas). Então, um belo dia, ela também apaixonou-se por outra pessoa, descobriu que o amor era possível e que poderia ser feliz fazendo o que tinha vontade, seguindo seu coração.

A maneira como abdicamos das vontades de nosso espírito para realizar corretamente nossas obrigações perante a sociedade e assim, "manter as aparências", me fez reviver essa história em minha mente, agora que tenho mais de trinta.
Como eu poderia saber de tudo o que sei hoje, se não tivesse experimentado o casamento, a desilusão, a traição, o arrependimento, a dor e por fim, o verdadeiro amor?
A mulher de trinta é moldada pelas intemperanças em suas precipitações quando ainda é tenra sua idade.
Como ela pode ser tudo o que Balzac descreve se não há o experimento por trás disso?

Ela então, experimentou o período de solitude. Mergulhou fundo na autodescoberta e assumiu a posição de uma mulher de trinta. (Mais detalhes virão, certamente, nas próximas postagens.)

Para muitos, o casamento é uma instituição. O que é uma grande besteira. Casamento é uma invenção humana. Uma expectativa para muitas mulheres que sonham desde muito novas e entendem isso como o caminho social mais aceitável para elas mesmas. Essa ideia é enastrada no inconsciente de todas nós através de mídia, família e etc.
O grande problema é que essas mesmas mulheres esquecem de se perguntar o que elas querem, o que é importante para elas, sem interferência da sociedade ignorante e inevitavelmente cega.
Por isso, descobri que ser feliz é possível com ou sem alguém. Foi então, que me apaixonei mais uma vez e vivemos um "casamento" feliz. 
Mas, no meu dicionário casamento tem outro significado: é estar com quem cuida de você e você cuida de volta. É difícil, mas é extremamente simples.
O truque é abrir os olhos,  olhar para o lado oposto quando todos dizem para olhar para lado deles. Não criar expectativas, tudo o que vier é lucro, inclusive o que "não for tão bom assim". Acredite, você aprende bastante assim.
E, depois de toda essa experiência, baseado em tudo o que viu, sentiu e ouviu, você consiga tomar as próprias decisões e construir um caminho cheio de aventura e, principalmente, felicidade.



Resposta para o Post: Casamento, prostituição legal?


Ih! Parece que a nossa Gabi está brava, não é? Calma, Gabi! Senta aí e vamos conversar.

Primeiro vamos falar do tal “amor romântico”. Bom, ele existe sim. Ele só não é essa coisa cheia de rendas, cetins e rapapés dos romances, filmes e novelas. Ele existe com remendos, muitas vezes. Sem frases estilosas na maioria dos momentos. O “amor romântico” é a vitória de uma luta diária da convivência com o outro o suportando em suas fraquezas, defeitos, medos... É um exercício de paciência, de doação de si. Amar é mais que andar por aí de olhinhos brilhantes e sorrisos. Amar é crescer e amadurecer do lado do outro em todos os sentidos. Amar é, muitas vezes, superar-se.

Então não passe sua vida idealizando uma praia paradisíaca onde você e seu amor, correrão ao som de “Love Story” para os braços um do outro todas as manhãs. Isso não existe! Haverá dias de chuva onde uma Gabi encharcada e estressada esperará debaixo de uma marquise um Sr. X atrasado, que ao chegar terá uma desculpa boba que vai lhe irritar, mas que você deixará passar porque no final de tudo, ele chegou e isso é o que importa.

O segundo ponto é a questão filhos. Não confunda casamento com filhos. Nem toda mulher nasceu para ser mãe. Nem todo homem nasceu para ser pai. Ser mãe e pai é um estado de alma. Eu já fiz grandes Ms na minha vida, mas ser mãe foi e é a única coisa que faço com a certeza de fazer bem. 

Existem casais extremamente estruturados criando filhos complexados, mimados, largados... Criar e educar uma criança não está associado a dinheiro ou a uma aliança, e sim a valores morais e emocionais que devem ser transmitidos a essa criança. 



Amor de filho é o único amor que, com toda certeza durará para sempre. E é um amor tão grande que não há léxico suficiente para descrevê-lo. E esse amor não nasce só com da consangüinidade. Ele nasce de alguma força mágica que se desenvolve quando ouvimos pela primeira vez a palavra “mãe”. 


Tua prima, minha cara, é uma parideira. É diferente de ser mãe. Não use esse ser como referência. Parideiras estão aos montes por aí esperando a bolsa-família, bolsa-escola, bolsa-miséria... Sei lá mais que bolsa é dada a essas tralhas sociais! Mulheres como essas não são mães.


Casamentos destruídos? Ah, esses têm por aí a rodo. Mas quando se separam devem ser parabenizados. Porque é preciso muita coragem para se tomar a decisão do divórcio. Não é fácil como parece. A prova disso é a quantidade de casais que vivem um casamento de conveniência, desrespeitando o que um dia foi amor e carinho, em camas de motéis com amantes. Isso é ruim! 

Agora uma coisa eu tenho que concordar com seus amigos: pensar demais não ajuda. O que é melhor:


1- Saber que tentamos mesmo não tendo dado certo; ou
2- Passar uma vida de aparente segurança mas pensando em como seria se tivéssemos tentado?

“Mentir para si mesmo é sempre a pior mentira”, cantou Renato Russo. E é uma verdade! Eu, como já disse fiz grandes Ms na minha vida, mas não me arrependo de nenhuma delas porque pelo menos eu tentei. Nunca me menti não vivenciando meus desejos só para não sofrer, ou para que a sociedade se agradasse de mim, ou para ser boa filha... Sempre me entreguei aos meus sonhos e oportunidades. Se sofri? Sofri, mas faria tudo de novo. Porque os erros também me fizeram ser o que sou hoje. 

Acertar e errar, meu anjo Gabriella, é viver. É parte do aprendizado. Só não pode não viver pelo medo de sofrer, de chorar, de errar... O que não pode é não amar por medo do amor. Pense nisso.


Até o próximo!

Waleska Zibetti

quinta-feira, 13 de março de 2014

Casamento, prostituição legal?

Por Gabriella Gilmore

Julia me lembrou muito Johanna Schopenhauer, mãe do filósofo Arthur S.  Casou-se por qualquer outra coisa, menos por amor. Será que amor romântico alguma vez realmente existiu? A maior crueldade é quando essa frustração é passada para os filhos.
Leia a definição de casamento no qual Julia conversa com o padre.
“O casamento, instituição em que hoje se funda a sociedade (em 1800), faz-nos sentir todo o seu peso; para o homem a liberdade, para as mulheres os deveres. Nós lhes devemos toda a nossa vida, eles devem-nos apenas raros instantes. Enfim, o homem escolhe, e nós nos submeteremos cegamente. Pois bem, o casamento tal como hoje se efetua, afigura-se-me uma prostituição legal.” Pg 91.
Mas no final do trecho Julia confessa que “Fui à própria autora do mal, tendo desejado este casamento”.
Pois bem leitor, muitos amigos casados me criticam falando que eu fico pensando demais se caso ou não, e que aonde come um, come três, etc. Mas sinceramente não quero m e casar para agradar ninguém, e muito menos ter filhos só porque estou passando da hora de ser mãe. Se eu não puder dar atenção, educação de qualidade, vida social, e boa alimentação, me desculpem, por uma criaturinha no mundo para passar raiva (como muitas vezes eu passei quando adolescente por falta de certas coisas materiais e emocionais), não, obrigada.
Uma vez uma prima, que estava grávida do 8º filho no seu 30º aniversário, teve a cara de pau de dizer que “eu coloco filho no mundo para depois eles trabalharem para me sustentar”. As crianças vivem num pardieiro, sem conforto, sujas, e jogadas. Pelo amor de Deus, seres humanos que colocam filhos no mundo assim devem pagar caro. Francamente!
Arthur Schopenhauer, depois que perdeu o pai aos 16 anos pelo suicídio, culpou sua mãe vaidosa pela depressão do pai. Johanna, muito inteligente, extrovertida e arrependida do casamento, pode ter sido motivos por Arthur ter sido tão pessimista, mesmo herdando a genética do seu pai.
As pessoas têm que entender que filhos não são gerados para companhia apenas não, como se fossem bonecos, que a gente usa e abusa, depois descarta. Foi basicamente isso que aconteceu com o fato de Julia e Johanna terem sido mães antes da hora. Não tinham maturidades para isso.
As histórias se repetem, mulheres são compradas ou vendidas por conta própria. Acabam trocando a chance de um dia conhecer alguém que faça a vida valer a pena por alguma conveniência barata, trazendo até mesmo desagradáveis situações de geração a geração.


sábado, 8 de março de 2014

Resposta Para o Post: Antes só do que mal casada (?)



A sociedade acha-se a dona da razão. E faz cobranças com ares de autoridade. Está solteira? Se case. Está casada? Tenha filhos. Teve filhos? Se anule. E por aí vai a louca sociedade ordenando coisas. A própria figura da Rainha de Copas pelos campos de críquete a ordenar que cortassem a cabeça dos seus "opositores".

No post "Antes só do que mal casada", Bruna Mota nos questiona sobre o paradeiro dos príncipes. Acho que contar a moça que a grande maioria está nos salões fazendo as unhas, cabelos e sobrancelhas. É, minha gente, assumiram-se. Tempos modernos...

Querem um conselho? Apaixonem-se pelo dragão, pelo lobo mau... Esses caras cumprem ordens de mulheres e nos observam por tanto tempo tempo que sabem mais de nós que os príncipes que estão sempre por aí atrás de sabe lá Deus o quê. É preciso olhar mais para os lados, abrir possibilidades, criar novas expectativas, pontos de vista. Inovar-se. Renovar-se! Sapos haverão sempre no caminho, mas que não deixemos nunca de beijar por medo deles. Arriscar faz parte do viver. 


E quanto a perfeição, minhas queridas, desconfie dela. Quem não acorda descabelado e de bafinho, por exemplo, não é humano. Ser humano é falho e é essa falha que faz o convívio se tornar interessante. Escolha para vocês aquele cara que lhe der  flores sem motivo e acredite no "Te amo" que vier no meio da cena de maior suspense do filme "O Exorcista". A verdade brota do inesperado. O previsível é chato!

Já falamos de idealização, não é? Do quanto isso pode ser frustrante. Sabe o que acho crueldade? Incentivarem as meninas a idealizarem esses pares perfeitos. Não me veja como cética, por favor. Eu creio no amor. Contudo, acho que o amor só acontece quando aprendemos a amar o defeito do outro. Amar somente qualidades é comodismo. 

A catástrofe esquizoide do mundo moderno começa nessa confusão que é conhecermos melhor o cara que mora do outro lado do mundo pelo computador, enquanto desconhecemos por completo o vizinho da porta da frente. Se as pessoas se escondem em seus celulares por puro medo de dar "Bom dia!", como poderão encarar olhos ansiosos por ouvir "Te amo!"?

Relacionar-se, ao meu entendimento, tem que seguir um passo a passo. Primeiro preciso se conhecer e se amar, se achar a melhor companhia do mundo, rir de si e chorar consigo. Quando você conseguir ser o suficiente para si, aí sim estará pronto para o outro. Não é fácil chegar a esse ponto de equilíbrio emocional. - Levei mais de trinta anos para encontrá-lo, lembra-se? - E muitas serão as noites que a carência se sentará ao seu lado para ver o sol nascer. 

E, então, o que fazer no fim das contas? Fácil! Ser feliz. Solteira ou casada, sozinha ou acompanhada, tanto faz; o importante é nunca desistir de SER FELIZ. 


Waleska Zibetti

Antes só do que mal casada (?)

A sociedade nos cobra sempre a função de estar junto à alguém e é estranho quando não se está namorando ou casada com alguém, principalmente quando se chega a uma certa idade!
Onde foram parar os príncipes encantados, os cavalheiros e os amantes a moda antiga?
Infelizmente cara leitora do nosso blog, nós crescemos e príncipes estão cada vez mais raros e os sapos vemos aos montes!
Uns bacanas em algumas coisas e péssimos em outras tantas, enfim eles existem (Não desacreditem totalmente)!
No livro do Balzac, retrata-se um mundo em que nem se sonhava falar em divórcio, em que desde o pai de Júlia d’Aiglemont (heroína) aconselha sobre os alertas sobre saber melhor escolher um marido, pois via no escolhido de Júlia um homem que não a faria feliz a consolidação de um casamento infeliz!

Ele diz no livro: "As moças criam frequentemente nobres, arrebatadoras imagens, figuras ideais, e forjam ideias quiméricas a respeito dos homens, dos sentimentos, do mundo; depois atribuem inocentemente a um caráter as perfeições que sonham e nisso confiam; amam no homem de sua escolha essa criatura imaginária; porém mais tarde, quando não há mais tempo para libertar-se da infelicidade, a ilusória aparência que embelezaram, seu primeiro ídolo, enfim, se transforma num esqueleto odioso.". Sobre o futuro genro ele conclui: "É um desses homens que o céu criou para tomar e digerir quatro refeições por dia, dormir, amar a primeira mulher que apareça e bater-se. Não entende a vida ... não é dotado dessa delicadeza de coração que nos torna escravos da felicidade de uma mulher...". Com isso reflito que nós crescemos com aquela máxima que devemos crescer, estudar e numa determinada idade namorar, noivar, casar, ter filhos e chegar a lógica vivam felizes para sempre. E tudo isso pra quê?
Neste Século XXI, ainda vemos pessoas infelizes a custa do medo de estar só e do que vão achar por essa condição. E vemos tantos casamentos frustrados, concluídos somente nessas premissas, lares infelizes e pessoas cada vez mais desequilibradas e cabisbaixas porque acha que tem que estar na condição de casada para agradar a todos.
É lamentável sim, saber que muitas pessoas estão sozinhas mesmo com o "mundo ao seu redor"!"Quem se vende por segurança... Acaba numa verdadeira prisão."

E quem está sozinho solteiro seja por opção não é de fato um solitário, porque independente de estado civil o que realmente importa é o nosso bem estar e como encaramos a vida!
E para isso precisamos aceitar a nossa própria companhia! Quem se ama, pode plenamente amar outras pessoas. Ou seja, todos são livres para escolher um companheiro (a) que mais lhe agrade e te faça vibrar em altas frequências, mas, se demorar a chegar não se angustiem, utilize esse tempo para aprender a se conhecer, a se alegrar, se aperfeiçoar.
Siga o que seu coração pede e goste de você primeiramente para que os pares que se formem sejam melhor sucedidos.

Até o próximo post!
Au Revoir

Resposta Para o Post: Dia da Mulher



"O coração de uma mulher
é um oceano de segredos"
(Rose deWitt Bukater, in "Titanic")

Quando se trata de mulher, nada é exato e tudo faz sentido.

Mulher é o lado suave da força e a força da suavidade.
É um amontoado de sentimentos antitéticos 
que se confundem fazendo do mais completo caos sensitivo
a maior obra da natureza.
Qual outra criatura seria capaz de se expor tanto
para dar a outro o direito de viver?
Mulher é doação.
É a personificação da sensibilidade humana.
É o coração da vida. 
Mulher é a esperança divina na raça humana.
Um ser que chora sem aparente razão 
e que se ergue gigantesca no meio das dificuldades.
É a águia que empurra a cria do ninho
e também o farol que indica o seu lugar seguro.
É o braço que ara a terra, quando preciso.
E a mão suave que aconchega.
É a fala dura que corrige.
E o olhar complacente que acalma.
Que todas as mulheres se sintam sempre
homenageadas, amadas, queridas, admiradas...
Porque o mundo sem a mulher...
NADA seria.
(Waleska Zibetti)

DIA DA MULHER (resposta)


(Esse clube está meio feminista né?)

Bom dia pessoal! Feliz dia da mulher para as leitoras. 

Sigo o blog de uma amiga que considero inspiração, e o texto que ela publicou hoje é perfeito, assim como os outros. Sinta o cheiro da pitanga aqui .
Tudo que ela fala e escreve mexe comigo, e acredito que mexe com quem acompanha suas opiniões também. Muita coisa eu concordo, e amo até quando discordo. Pessoas inteligentes demais nos deixa essa impressão. (Amor e ódio).
Ela comenta sobre a passividade da mulher no qual começa com o corpo. Daí me perguntei: Será que as “acompanhantes” são tão passivas assim?
Mas entendo que há muitos aspectos no qual a mulher é frágil, impotente, mas nem por isso as considero vítimas.
Penso isso porque meus ouvidos são violados a todo momento, pelo porteiro do prédio em que moro, pelo instrutor da autoescola, pelo motorista de ônibus, pelos meus e pelas minhas familiares, pela imprensa, pelo marketing sem limites, pelos meus chefes.
Nesse trecho ela comenta sobre os comentários/elogios/assédios que escuta no dia-a-dia, porém penso que muitas mulheres também não fazem por onde. Há aquelas vulgares, desbocadas, briguentas, e francamente, elas não escutam essas coisas do nada. Conhecendo a autora do Incenso de Pitanga, acredito que no caso dela foram elogios.
Eu entendo que elogios são complicados, se os aceitamos assim rápido, somos vaidosas, e se não aceitamos, somos grossas. Vai entender!
A mulher tem essa data especial por alguma razão. Eu nunca li sobre essa data e tampouco faço ideia do motivo, mas pensando comigo mesma, a mulher vem conquistando sim um espaço que será só dela, se já não é, e muitas de nós tem de parar de ser a vítima e tomar controle de vez sobre a vida e o que a rege.
Às vezes comparando o homem e a mulher, já cheguei a pensar que se pudesse escolher vir na outra vida em outro sexo, seria legal voltar homem, porque são desapegados as emoções e fortes, tanto muscularmente como psicologicamente, mas analisando melhor, os homens não são tão fortes assim. Eles sofrem até mais que nós, mas sabem reprimir as dores. Sei que quando eles se machucam e vão para o hospital, eles morrem de medo, e quando estão doentes ficam mais fragilizados que nós.
No trecho “Os homens querem uma "gata selvagem" que satisfaça seus desejos, enquanto elas querem um lobo que as devore devagarzinho. Ainda na vibe do livro de Balzac, a mulher quando passa do fogo dos 20 e uns, não creio que querem ser devoradas devagarzinho não, o homem sim, é incansável. Podemos pegar exemplos dos coroas que se amarram nas de 20 e uns, que ainda estão na fase do fogo e conveniências. Existem fases, existem pessoas, e no meio disso tudo, existe as variações. Todo excesso passa com o tempo, porém sei que alguns traumas não. Nisso eu concordo que a mulher se traumatiza com mais facilidade e infelizmente não tenho solução para isso, mas sei que somos mulheres do nosso destino, precisamos confiar em nós mesmas e buscar o final feliz.
E você? Em qual momento se sente fragilizada?


*Acompanhante: garota de programa.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Resposta Para o Post: "AOS TRINTA ANOS"



Quando eu fizer 15 anos... - era assim que eu pensava quando descobri que ter quinze anos era uma eca. Todo mundo me cobrava pelo que eu não estava pronta e tirava de mim os direitos de dúvida pertinente a idade com os "Você ainda não tem idade para isso!". Então, solitária em meu quarto eu suspirava entre as folhas de algum livro de Sidney Sheldon (autor muito popular entre as sonhadoras da década de 80) "Quando eu tiver 21..."

E quando os 21 chegou, eu já estava para me casar. Vai me criticar? Eu queria sair de casa e um marido era a chave da porta. Amor? rs... Amor veio com o tempo. E eu amei o meu ex-marido por aproximadamente 15 anos. Aí o casamento virou adolescente... E isso é uma outra história. Bom, cronologicamente fui mais aos 25 e depois aos 30. E aí...

Existe um clique mágico que é acionado na noite que dormimos com 29 para acordar com 30. É muito estranho, mas tudo fica diferente na manha dos 30. Eu me lembro que vesti branco, que teve festa e que em silêncio eu observava as pessoas ali. Era o começo do questionário complexo que viraria meus dias dali em diante. 


Era comum eu parar no espelho e me encarar por horas. "O que você quer?", essa pergunta vinha de uma mulher que habitava o fundo dos meus olhos. Eu não respondia. Eu não sabia ainda. Só sabia que eu precisava ouvir aquela mulher, buscá-la, trazê-la para mais perto de mim. E ela sussurrava convidativa "Você me quer?".

As mudanças de comportamento foram notadas e criticadas. Ridícula, estranha, louca, linda... Adjetivos amontoavam-se nos meus ouvidos. E a mulher cada vez mais sedutora me perguntava no espelho "O que você está esperando?". Noites intermináveis de pensamentos confusos e complexos eram cada vez mais comum. Tão difícil se encarar e descobrir que a vidinha perfeita era só um estado de comodismo. Eu queria mais, eu sabia que podia mais. Meu corpo inteiro pedia por mais. Mais do que? Essa era a grande dúvida.

Aos 35 anos, uma frase vinda de um estranho me fez ganhar coragem de ir atrás de mudanças. "Por que você não vive o que o teu olhar deseja?". Primeiro mudei a forma de encarar o casamento. E comecei a dizer "Não!". Foi bom demais! E do não que dei a sociedade, fiz o sim para mim. Vocês não podem imaginar o leque que se abriu a minha frente.

A mulher do espelho perguntou: "O que você quer?". E eu respondi: "Ser LIVRE!". E ela replicou: "Você me quer?". E eu não hesitei: "Sim!". E, ela sorriu corajosa e vitoriosa: "O que está esperando?". Aos 36 anos de idade, eu estava solteira outra vez. Livre! Assustada com o que faria dali para frente. Mas eu era livre!

Pele primeira vez na vida eu era Waleska Zibetti e não o que a sociedade ou família queria. Cada passo de minha vida seria por minha conta. Certo ou errado. Mas eu estava feliz. Vontade de correr cantando "The hills are alive with the sound of music...". A vida era assustadoramente nova, mas as possibilidades encantadoramente charmosas. E abracei todas que tive.

É possível ser feliz sem uma aliança. É possível se sentir pleno sem estar necessariamente carregando o sobrenome de um outro alguém. É humanamente possível viver sem chamar alguém de "marido".

Ainda fico, as vezes, acordada na madrugada pensando sozinha. Mas hoje as noite de insônia não me incomodam mais. Servem para ouvir uma pouco de boa música, ler, escrever e sentir que estou viva e feliz. Mas foram preciso mais de 30 anos para descobrir que para ser feliz eu precisava de MIM. 

(Waleska Zibetti)

AOS TRINTA ANOS





Por Gabriella Gilmore

“De fato, uma donzela (aos 20), tem demasiadas ilusões, demasiada inexperiência, é o sexo o grande cúmplice do seu amor, para que um homem possa se sentir lisonjeado, enquanto uma mulher (de 30), conhece toda a extensão dos sacrifícios que tem a fazer. Uma é arrastada pela curiosidade (20), por seduções estranhas às do amor, a outra (30) obedece a um sentimento consciencioso. Uma cede, a outra escolhe”.
Resumindo: aos trinta anos a mulher sabe o que quer. Por isso é fácil se casar cedo, porém, para as mulheres de 30 fazer lista de prós e contras salva vidas.
Ontem me deparei com um ex namorico na rede e mesmo não tendo notícias dele há anos, ele de cara perguntou se eu estava casada e se eu gostaria de ir morar com ele. Achei super engraçado o papo torto, e logo fui falando: Não gosto de sexo, não quero ter filhos. Ele se chocou. (Adoro chocar as pessoas). Defendi com louvor o fato deu ter me tornado seletiva demais, e de canja o mandei ler o artigo que escrevi “Solteiras sim, por que não?” [ Leia aqui ] e ele discordou dizendo que Deus deseja que sejamos felizes com alguém. Eu abri um parênteses, claro, falando que Deus quer que sejamos felizes sim, mas bem acompanhados ou solteiros por opção. Casamento virou lei agora?
Estou achando o máximo o assunto desse livro, porque ele levanta temas que ainda choca e rotula as pessoas.

“Enfim, além de todas as vantagens da sua posição, a mulher de trinta anos pode se tornar jovem, representar todos os papéis, ser pudica, e embelezar-se até com a própria desgraça.”


A segurança em si própria é algo que me chama a atenção nesta fase. Obviamente há pessoas que estará vivendo os 30 com postura de 20, e por ai vai, mas no geral é uma fase em que a mulherada tem que se curtir muito e orgulhar-se do quê tem se tornado.
E você? O que está achando dos 30?