domingo, 31 de maio de 2015

Essa não é mais uma carta de amor...



Não é a dor que quero entender (essa dói e pronto), mas esse mistério de duas almas que não se tocam no físico e têm quase uma unidade na imortalidade.
Mas é isso que quero! Quero ser clara o suficiente para que não possa esconder aquilo que sinto, o que vejo e que principalmente leio nas entrelinhas.
Você me ama? Não sei, talvez você se importe, talvez você apenas goste, talvez você sinta algo mais. Mas também sei que nada se compara ao sentimento alheio a minha vontade.
Você quer construir uma vida comigo? Um dia de cada vez tem sido assim, mas, quantas vezes eu fiquei sonhando, imaginando momentos, vendo a leveza das estações do ano.

Tem desejo e sabor?

Será que eu estarei ao nível de suas expectativas?

Eu queria uma certeza, vivo delas e foi com elas que pus meus pés no chão para caminhar todos os dias em busca da vida, dos sonhos, dos desejos...
E quantas vezes vislumbrei o que seria o derradeiro e nem início era. Quantas vezes esperei contar e só senti se afastarem e eu ficar no chão... Engraçado que eu lembro que no início eu senti que o elevador havia parado no mesmo andar, e que a partir dali eu estaria subindo um degrau por vez, tijolo por tijolo num desenho mágico.
Eu quero tanto a certeza não do absoluto, mas, daquela certeza que faz a gente ir em frente como tantas vezes fiz. Quero ter a certeza premonitória que posso mergulhar, que não encontrarei uma pedra.
“Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente.
Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada.
Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse o amor, nada disso me adiantaria.”
Poderia achar fórmulas mirabolantes e ler todos os textos dos sites que falam tanto e com tanto entendimento sobre relacionamentos, poderia ouvir conselhos dos mais diversos sobre a fórmula mágico do fazer dar certo. Mas será que isso realmente funciona?
Não bonito!
Tem vezes que acho que estar fazendo o certo e não vejo respostas, recíprocas ou que nomes poderíamos
dar. Sei o quanto preza sua liberdade, sei dos seus diversos sentimentos, apesar de você achar que não os conheço, sei mais do que suficiente para sentir as energias que são emanadas para mim.
Você me pede que eu sinta, você me pede que eu não me pegue nisso ou naquilo, mas quantas vezes eu senti, eu li a verdade nos seus olhos e sempre acreditei que nós podíamos mais do que ter, mas, ser!
Sinto tudo...
Sou visceral!
Sou silêncio, sou o medo das palavras, pois sei o poder que elas têm, tanto para o bem quanto para o mal...
Devo dizer que sentei com a mais bela carta de amor na cabeça, mas, ao sentar para colocar tudo pra fora, eis que você surgiu, tão belo e vistoso, tão perfeito e tão... Que não contive as minhas lágrimas.
Sempre quero dizer que tudo começou muito antes, provavelmente, acredito, pela troca de um olhar casual que, por força de uma energia muito especial, congelou-se no espaço para ganhar a condição de um momento eterno, definitivo.
Aquele olhar trocado há tanto tempo mudou a minha vida, fez com que eu me sentisse cada vez mais feliz, mais humano e mais contente.
Ainda hoje, cada vez que você olha para mim, sinto a possibilidade sincera de felicidade eterna, de alegria permanente.
Tudo por força de um primeiro olhar; uma força tão grande que alimenta o meu coração até hoje, que me dá esperança de um futuro cada vez melhor, que me dá a certeza de que eu serei sempre feliz, pois sinto, a cada novo olhar que trocamos, que você estará sempre ao meu lado...
Tudo por causa daquele primeiro olhar, há tanto tempo...