terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Resposta Para o Post: Casamento, instituição falida (?)



"And I...
I love it when you give me things 
And you... 
You ought to give me wedding rings"
(Peter Gabriel, in "The Book Of Love")

 A decepção que surge no casamento vem do idealizar. A vida real ñ é um musical da Broadway. É preciso aprender a amar o outro sem imaginá-lo como a peça que se encaixará naquele pedaço vazio de nossa alma. No máximo, esse ser pode te fazer esquecer que há esse pedaço vazio. É preciso respeitar. Assim como nós temos dias de TPM, eles também têm o dia de "pé no saco". Não espere e será uma surpresa quando acontecer. Não exija e será incrível ele se doar. Amor é isso, é construído assim, devagarzinho e com jeitinho. Com esperanças e não com fantasias.
(Waleska Zibetti)

Casamento, instituição falida (?)


Por Gabriella Gilmore


Estamos estreando nosso clube de leitura virtual com o título de Honoré de Balzac chamado A mulher de trinta anos.
Acredito que todas nós, do clube, vamos nos identificar com o tema. Eu e mais duas colegas estamos chegando aos 30.
Estou solteira basicamente por opção. Hoje nós não temos mais aquela pressão de casar para não ficar encalhada ou mal falada na sociedade, como mostra o caso da personagem Julia no início do século XIX. Antigamente o papel da mulher era ser esposa, dona de casa e mãe. Hoje as mulheres podem ser isso e muito mais, abrindo assim o seu leque de opções.
Eu costumo ser durona quanto aos meus sentimentos, e vivo dizendo que não acredito no amor. Mas lá no fundo eu ainda acho que esse amor romântico (por não tê-lo encontrado) possa ser a causa da minha “solteirice”. 
Há um trecho de uma carta que Julia escreve para Luiza no qual preciso dividir com vocês.
Juramos ambas que a primeira que casasse narraria fielmente à outra esses segredos do himeneu, essas alegrias que as nossas almas jovens nos figuravam tão deliciosas. Essa noite será o teu desespero, Luiza. Naquele tempo eras novas, formosa, despreocupada, senão feliz; um marido tornar-te-á, em poucos dias, o que eu já sou, feia, doente e velha. Dizer-te como me sentia altiva, vaidosa e feliz por desposar o coronel Vitor d’Aiglemont seria um loucura! E como havia de dizer agora? Já nem me lembro sequer de mim. Em poucos dias, a minha infância tornou-se como um sonho.”
Esse trecho mostra um pouco a decepção que a personagem tem após um ano de casada. O que será que ela esperava encontrar com o casamento? E como ela deve estar se sentindo por não ter escutado a opinião de seu pai, quando este não aprovou o seu casamento com o coronel?
Nos dias de hoje, muitos dizem que o casamento é uma instituição falida, o que você pensa sobre isso, caro leitor?!
O tema deste livro será discutido até dia 16 de março. Deixe sua opinião e interaja conosco.
Até o próximo post.

Beijos!