sexta-feira, 14 de março de 2014

Resposta para o Post: Casamento, prostituição legal?


Ih! Parece que a nossa Gabi está brava, não é? Calma, Gabi! Senta aí e vamos conversar.

Primeiro vamos falar do tal “amor romântico”. Bom, ele existe sim. Ele só não é essa coisa cheia de rendas, cetins e rapapés dos romances, filmes e novelas. Ele existe com remendos, muitas vezes. Sem frases estilosas na maioria dos momentos. O “amor romântico” é a vitória de uma luta diária da convivência com o outro o suportando em suas fraquezas, defeitos, medos... É um exercício de paciência, de doação de si. Amar é mais que andar por aí de olhinhos brilhantes e sorrisos. Amar é crescer e amadurecer do lado do outro em todos os sentidos. Amar é, muitas vezes, superar-se.

Então não passe sua vida idealizando uma praia paradisíaca onde você e seu amor, correrão ao som de “Love Story” para os braços um do outro todas as manhãs. Isso não existe! Haverá dias de chuva onde uma Gabi encharcada e estressada esperará debaixo de uma marquise um Sr. X atrasado, que ao chegar terá uma desculpa boba que vai lhe irritar, mas que você deixará passar porque no final de tudo, ele chegou e isso é o que importa.

O segundo ponto é a questão filhos. Não confunda casamento com filhos. Nem toda mulher nasceu para ser mãe. Nem todo homem nasceu para ser pai. Ser mãe e pai é um estado de alma. Eu já fiz grandes Ms na minha vida, mas ser mãe foi e é a única coisa que faço com a certeza de fazer bem. 

Existem casais extremamente estruturados criando filhos complexados, mimados, largados... Criar e educar uma criança não está associado a dinheiro ou a uma aliança, e sim a valores morais e emocionais que devem ser transmitidos a essa criança. 



Amor de filho é o único amor que, com toda certeza durará para sempre. E é um amor tão grande que não há léxico suficiente para descrevê-lo. E esse amor não nasce só com da consangüinidade. Ele nasce de alguma força mágica que se desenvolve quando ouvimos pela primeira vez a palavra “mãe”. 


Tua prima, minha cara, é uma parideira. É diferente de ser mãe. Não use esse ser como referência. Parideiras estão aos montes por aí esperando a bolsa-família, bolsa-escola, bolsa-miséria... Sei lá mais que bolsa é dada a essas tralhas sociais! Mulheres como essas não são mães.


Casamentos destruídos? Ah, esses têm por aí a rodo. Mas quando se separam devem ser parabenizados. Porque é preciso muita coragem para se tomar a decisão do divórcio. Não é fácil como parece. A prova disso é a quantidade de casais que vivem um casamento de conveniência, desrespeitando o que um dia foi amor e carinho, em camas de motéis com amantes. Isso é ruim! 

Agora uma coisa eu tenho que concordar com seus amigos: pensar demais não ajuda. O que é melhor:


1- Saber que tentamos mesmo não tendo dado certo; ou
2- Passar uma vida de aparente segurança mas pensando em como seria se tivéssemos tentado?

“Mentir para si mesmo é sempre a pior mentira”, cantou Renato Russo. E é uma verdade! Eu, como já disse fiz grandes Ms na minha vida, mas não me arrependo de nenhuma delas porque pelo menos eu tentei. Nunca me menti não vivenciando meus desejos só para não sofrer, ou para que a sociedade se agradasse de mim, ou para ser boa filha... Sempre me entreguei aos meus sonhos e oportunidades. Se sofri? Sofri, mas faria tudo de novo. Porque os erros também me fizeram ser o que sou hoje. 

Acertar e errar, meu anjo Gabriella, é viver. É parte do aprendizado. Só não pode não viver pelo medo de sofrer, de chorar, de errar... O que não pode é não amar por medo do amor. Pense nisso.


Até o próximo!

Waleska Zibetti

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