sábado, 28 de fevereiro de 2015

Descrença


Acordei assim

Desacreditada

Descrente no amor

Sem fé no ser humano

Como isso aconteceu?

Procurei por toda parte

Nas lembranças, nas gavetas da memória, dos cheiros

A caixa dos amores está vazia, entreaberta

Foi-se embora.

Preciso encontrar, não posso sair assim na rua

Ele adornava o meu rosto, afinava a minha voz

Agora sou um ser amorfo, sem feitio

Um ser meio humano meio besta fera

Preciso encontrar o Amor, a Ternura, a Ingenuidade

Para encarar a Vida sem titubear

Tenho que voltar a ser criança.