quarta-feira, 8 de outubro de 2014

E eu preciso de motivos?

"Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim."
(Caio Fernando Abreu)

Esses dias fui pega de surpresa com a seguinte tarefa: 

- Pense em cinco motivos que me fazem gostar de alguém. Porém você a cada motivo pensará em como isso te afeta no seu dia!
Eu pensei com os meus botões:
- Cara, o que pontuar com palavras tudo aquilo que me faz gostar de alguém? Como transformar o abstrato em palavras concretas?
Ai passando essas duas semanas e pensei de novo no assunto e resolver contextualizar e loucamente pensei:
- Ah, como quero encontrar o caminho para a Terra do Nunca!
Embora por muitas vezes eu não me expresse como gostaria, mas é uma sensação diferente pensar e falar sobre sentimentos próprios.

Motivo 1) O gosto do inesperado, do surpreendente esse torna o mais simples, o mais importante;

Motivo 2) O seu olhar a procura de algo mais em mim. Apesar de ficar completamente sem jeito eu me sinto diferente é como se eu estivesse sendo descoberta a todo momento e ele estivesse gostando do que vê;

Motivo 3) Poder passear meus dedos e fazer muito carinho e assim deixar meu sentimento através dos meus gestos, ah se ele soubesse o quanto eu gosto disso;

Motivo 4) O jeito como sempre abro um sorriso quando te vejo, me faz pensar no quanto é bom estar ali;

Motivo 5) Eu gosto de Sorvete (Risos altos e contínuos)

O mais importante não é ter motivos é sentir o que se sente e ponto!

Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la...

Au Revoir
Até o Próximo Texto




Quando Paris Cintila

"basta não ser insensível à magia para que ela aconteça"
Betty Milan

Uma vida bem escrita é quase tão rara como uma bem vivida.
Então meus caros como ser insensível a magia e aos sinais?
E como entender a vida e quando de verdade ela começa? Ah esse mundo onírico e cheio de perspectivas e paisagens e muitos cheiros de muita beleza e de muitas cores!
Talvez seja esse o ponto chave para entender essa leitura bem simples que é o livro da betty milan (sim em letras minúsculas como a capa original).
Até que ponto enxergamos por onde passamos e o que aproveitamos desse visual. A importância do imaginário para os seres humanos e até que ponto ela ajuda a superar o dia dia e as provocações e limitações que a realidade nos trás.
As páginas da vida são cheias de surpresas... Há capítulos de alegria, mas também de tristezas, mistérios e fantasias, sofrimentos e decepções... Por isso, não rasgue páginas e nem salte capítulos, não se apresse a descobrir os mistérios. Não perca as esperanças, pois muitos são os finais felizes. E nunca se esqueça do principal: NO LIVRO DA VIDA, O AUTOR É VOCÊ!

Com certeza, é um livro que incita à meditação, inspira a viajar, e que exige alguns comentários e muitos pensamentos.

A autora conseguiu transmitir e transpor os limites da imaginação através dos cinco sentidos transportando para Europa, Ásia, América do Norte ou do Sul, descobrindo que é tão fundamental imaginar quanto romper hábitos. 
Apesar do título, o livro não trata somente da capital francesa (um dos meus lugares imaginários e inspiradores no mundo). Paris, porém, funciona como uma espécie de base espiritual e escrita para o livro: foi lá que ela organizou e escreveu as 33 crônicas dessa coletânea.
Escrever para viver, viver para escrever. Imaginar estar em um ponto do globo e desvendar todos os mistérios da vida e o que o mundo tem a oferecer. Falar das surpresas da vida. É justamente nessas surpresas que está o gosto real pela vida. O não sabermos o que nos reserva o dia de amanhã, é que nos faz sentir a necessidade de viver intensamente o dia de hoje, e vive-lo em plenitude.

O livro provoca ao mesmo tempo que conforta e sem pretensão ela escreve e transmite tudo aquilo que é preciso pra viver cintilando por aí!
Au Revoir
Até o próximo texto