Antes
de tudo devo dizer que não sei exprimir o que senti diante dessa personagem.
Oras quis matá-la ora quis abraçá-la. Molly Bloom é um conflito entre real e
imaginário e uma leitura inesperada para os menos desavisados. Esse foi o meu
caso: eu não esperava algo do gênero e Molly me angustiou e me encheu de prazer
ao mesmo tempo.
Esse
monólogo encerra o livro “Os Mortos” de James Joyce. E embora, pela experiência
com os dois contos anteriores, eu estivesse esperando uma narrativa cheia de
intensidade e surpresas, essa acabou se superando. Eu não sei dizer se Molly
está louca ou senil ou se Joyce quis juntar todas as facetas do pensamento
feminino em um texto só. E aí ela
recordando e fantasiando coisas e relatando sobre seus amantes. É Essa heroína
vem de outro romance de James Joyce chamado de Ulisses aonde ela é casada com Leopold
Bloom.
Outra
coisa que me chamou muita atenção nesse monólogo foi a maneira como ela se
expressa sobre suas experiências sexuais. Momentos em que o leitor se ri e se apieda dessa brilhante personagem
de gênio forte. Sem dúvida é uma personagem rica e vibrante e nos leva com ela
num fluxo de pensamento que só sendo um pouco Molly Bloom para entender.
Eu recomendo o livro “Os Mortos” de
James Joyce, porque ele é espetacular como obra e fica fácil entender porque a
obra de Joyce o imortalizou. Não deixem de conhece Molly Bloom, por favor. E
preparem-se para se envolverem numa “louca” narrativa de mergulho total no íntimo
de uma personagem que ousou, certamente, ir além de seu tempo. Vale a pena
conferir!
Até a próxima!
Beijos da Wal.