domingo, 19 de abril de 2015

Esquizofrenia: PERCEPÇÃO E REALIDADE.


por Gabriella Gilmore


Em uma de minhas pesquisas, descobri este médico e autor no qual me apaixonei. Gostaria de dividir este achado com vocês.



Hoje nosso post é uma sugestão de pesquisa sobre esquizofrenia e psiquiatria, tendo como mentor o Dr. Ronald Laing.



O psiquiatra escocês Ronald David Laing (1927 – 1989) foi um dos pensadores mais influentes e controversos da década de 1960.
Ele questionava a ortodoxia, defendendo que as percepções das pessoas consideradas mentalmente doentes são tão válidas em suas próprias condições quanto aquelas nos indivíduos “normais”. Laing ressaltava que quase qualquer comportamento poderia ser interpretado como um sintoma de esquizofrenia, possibilitando aos psiquiatras classificar clinicamente aqueles que simplesmente se recusavam a se adequar às expectativas da família e da sociedade. Na opinião de Laing, a esquizofrenia era uma forma de vivenciar o mundo, não uma doença; a “enfermidade” mental na verdade poderia ser uma jornada existencial – uma cura para a angústia originada na infância e na família.

Nascido em Glasgow em 1927, o próprio Laing teve uma criação familiar turbulenta. Após completar sua residência médica em 1958, trabalhou em uma unidade psiquiátrica do exército britânico. Seu livro, SANIDADE, LOUCURA E A FAMÍLIA (1964), em que defendia que a esquizofrenia poderia ser causada por um colapso na comunicação familiar, consolidou sua reputação internacional. Laing continuou seu notável trabalho clínico durante a década de 70. Posteriormente, seu prestigio intelectual ficou comprometido devido ao seu fascínio pelo misticismo, o que fez com que acabasse perdendo sua licença para exercer a medicina na Grã-Bretanha.