domingo, 18 de outubro de 2015

De meias verdades nunca aprendi e estou cheia!

“Engolimos de um sorvo a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga.”
―Diderot

A verdade dói e nem todos estão suficientemente preparados para lidar com ela.
Mesmo que a preferimos a uma doce ilusão, não agimos como tal. 
Observando comportamentos e até mesmo a mim percebo que somos falhos no ato das aceitações. E como resultado disso protelamos a vida no ato do que a gente acha que deve ser nos nossos planejamentos.

Lidar com a verdade é realmente difícil, requer maturidade, mente aberta, auto estima e principalmente paciência. O problema é que é mais fácil acreditar nas coisas ruins que nos impõem e elas nos consomem total e ferozmente que não sabemos reconhecer o que é o verdadeiro, fazendo com que estraguemos tudo.
A verdade é dolorida, machuca, nocauteia quem a está ouvindo, mas não deixa também quem a está falando em boa posição. A verdade para quem a está falando torna-se um conjunto de informações críticas a nós mesmos, que nos leva a um arrependimento e uma angustia notável.

Buscai a verdade como quem busca o horizonte.

Todos nós temos o direito de expressar nossos sentimentos sobre um fato, porém, isso poderá resultar em situações pouco salutares aos nossos relacionamentos, principalmente quando faltarem a sabedoria e o discernimento para identificarmos “como” e o “melhor momento” de fazê-lo.
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão

A verdade, que achamos necessário ser expressa, precisa de antemão, convencer e não ofender o nosso próximo, pois, por si só ela já desconcerta aquele que acreditava estar vivendo retamente. Se quisermos apresentar de forma franca nossa opinião, com o objetivo de trazer uma nova possibilidade de entendimento, de ensinar ou até mesmo de advertir alguém, “a sabedoria de um ancião” deverá controlar o ímpeto de um coração ávido do desejo de consertar o mundo.
DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Verdade essa que atormenta mais é necessária mas tão bem relatada e preparada talvez evitasse tantas perdições.

Mas é exatamente esse o problema em ser sincero. A gente tenta falar com sinceridade. Embora tenhamos que ser falsos às vezes porque a coisa toda é falsa, de uma certa forma, como um jogo. Mas você espera que, se alguma vez você for sincero com alguém, essa pessoa pare com as reações plásticas e seja sincera com você. Só que todos estão jogando o jogo, e algumas vezes fico nu e sincero, com todos me mordendo. É decepcionante.
John Lennon
  

Até o Próximo texto
Au Revoir