segunda-feira, 16 de março de 2015

DÉJÀ VU



Do francês, Déjà vu, (Já vi no português) é um dos truques mais peculiares que a memória pode aplicar, o déjà vu é uma sensação curiosa marcada por uma impressão súbita e intensa de familiaridade – um sentimento de “ter estado aqui antes” ou de já ter vivido esse momento.

A TEORIA MAIS RECENTE
Pesquisas cerebrais sugerem que o déjà vu pode ser o resultado de um erro momentâneo no modo como o cérebro constrói uma imagem consciente. Tudo o que vivenciamos é processado ao longo de muitos caminhos paralelos no cérebro. Alguns deles percorrem áreas da camada externa do cérebro, ou córtex, e lidam com percepções sensoriais. Por exemplo, eles combinam informações visuais para formar imagens completas e conectam informações sensoriais com fatos relacionados a imagens, tais como o nome de objetos e o que eles são. Outros caminhos percorrem o sistema límbico, o centro emocional do cérebro, e é ai que a informação recebe significado emocional, incluindo, se apropriado, a sensação de familiaridade. Normalmente, a informação dos caminhos límbico e cortical é trazida à consciência ao mesmo tempo, criando uma imagem “completa”. Imagina-se que o déjà vu ocorra quando uma informação que esteja fluindo pelo sistema límbico seja rotulada como familiar por engano. Quando essa informação identificada incorretamente se incorpora à informação restante do cérebro, produz uma sensação de familiaridade que vai contra o conhecimento produzido pelo córtex. Isso leva à experiências intrigante do famoso déjà vu.

CURIOSIDADE: Jamais vu.
O jamais vu é o inverso do déjà vu: em vez de uma coisa nova parecer familiar, alguma coisa conhecida parece estranha. Você pode estar, por exemplo, na sua própria casa quando, de repente, os móveis e suas disposições não lhe parecem, por um momento, familiares. Ou você pode olhar para alguém que conheça bem e sentir que a pessoa é tão estranha para você como qualquer rosto na multidão. Mesmo que você saiba mentalmente que a sala e a pessoa são as mesmas de sempre.
Como o déjà vu, é provável que o jamais vu seja causado por uma falha momentânea do sistema límbico em reagir apropriadamente – no caso, o significado emocional da informação não está sendo reconhecido como deveria, ou o “rótulo” emocional não chega até a consciência.
Apesar de o fenômeno durar apenas poucos segundos, em casos raros uma lesão no sistema límbico pode produzir uma jamais vu permanente especialmente no que diz respeito às pessoas. Esses sentimentos podem se tornar tão intensos que a pessoa conclui que os amigos e os familiares foram “substituídos” por impostores ou alienígenas. Essa convicção, conhecida por síndrome de Capgras, pode ter consequências catastróficas. Pessoas acometidas por essa doença muitas vezes rejeitam a família e podem se tornar paranoicas e violentas.


Créditos: Reader’s digest (Maximize o potencial do seu cérebro)