Por Gabriella Gilmore
Eu conhecia Jane Austen pelos
filmes, mas ainda não havia lido nenhum de seus livros. Fui agraciada com
Orgulho e Preconceito este mês e estou apaixonada. Acontece que Austen escreve
da forma como eu gosto de ler. Adoro diálogos, e como meu cérebro não processa
muito bem autores que descrevem muito o ambiente e cenário, eu aproveito melhor
textos introspectivos. Um mapa interior me cai melhor. "Olha para fora
Gabi!" Diria Zibetti para me atormentar, rs, porém o interior sempre me
chamou mais a atenção.
A princípio, achei que o livro
abordasse preconceito racial, ou coisa do gênero, e estava curiosa para saber
que tipo de orgulho ele tocaria, e mais uma vez a autora conseguiu me
conquistar. A leitura tem sido leve e agradável, e no meio de tantos
personagens de personalidade forte e distinta, você acaba se identificando com
algum. Ate o momento, estou na mente e no coração de Elizabeth. O que será que
minhas companheiras de clube estão achando?
- Existe, acredito, em cada
temperamento a tendência para algum mal, uma falha natural que nem mesmo a
melhor educação pode extinguir. Falou Sr.Darcy.
- Seu defeito é uma propensão a
odiar todas as pessoas. Retrucou Elizabeth.
- E o seu - replicou ele,
sorrindo - é fazer questão de não compreendê-las.
Nesse trecho os personagens
falavam sobre o jeito difícil e orgulhoso que Darcy encara a vida. Creio que no
decorrer da trama, algum motivo Darcy deve ter por agir assim. Eu o adoro e não
acho que ele seja vilão, inclusive não é atoa que Eliza se apaixonará por ele.
Você já se apaixonou por alguém
que odiava? Eu já.