quinta-feira, 31 de julho de 2014

Waiting for Forever

Meu último dia de férias do trabalho, mas, não significa que estarei longe do clube.
Vejamos...
Quem aí gosta de boas histórias?
Quem aí já ouviu boas lições?
Pois é vamos a mais uma dica de filme!
O filme de hoje é um pouco fora da linha comédia romântica ou até mesmo, romances melodramáticos!
Waiting for Forever ou para quem gosta do título nacional Te Espero Eternamente é um filme curtinho porém, leve, doce e delicioso de assistir.


Sinopse: Emma e Will são dois amigos de infância cujo destino os separou. Porém, quando o seu show de televisão é cancelado e as notícias da doença do seu pai chegam, Emma decide retornar à sua cidade natal, onde encontra um conjunto inesperado de desafios que a farão com redefinir o significado de família, amor e vida.

 Opinião:
Difícil é entender porque filmes que realmente valem a pena serem assistidos muitas vezes não vão para o cinema, enquanto péssimos filmes fazem o público gastar horrores para serem vistos em tela grande e para no fim ficarem decepcionados. Foi esse pensamento que me ocorreu ao fim de Waiting For Forever, um filme tão simples, mas que encanta desde os primeiros minutos ao ouvir a primeira música da trilha sonora.
Mesmo com alguns desfechos mal explicados e pouco desenvolvidos, a equipe fez um bom trabalho, apresentando diferentes visões do mesmo problema em cada um dos personagens – é preferível viver uma vida de ilusões à própria realidade, parecendo fácil descomplicar o complicado.

Se você é um romântico incorrigível vale a pena descobrir as lições por trás desse filme.
E pros que se perguntam, Eu chorei no fim sim!

Aqui vai o trailler:
Até o próximo Post
Au Revoir

PS: Quem conseguir a trilha sonora please me manda o link! =)

terça-feira, 29 de julho de 2014

Cadillac Records

Olá amigos do C.L.V estamos aqui de volta com mais uma Sugestão de Filmes, e dessa vez venho com uma Biografia Musical bem legal!
Quem aí sabe as origens de algumas das melhores vozes do Rock, Soul e R&B?
O filme conta a história da musica desde o início dos anos 1940 para o final de 1960s focando na famosa gravadora de Blues sediada em Chicago, Chess Records, do executivo Leonard Chess, e de cantores que gravaram na mesma, como Etta James, Muddy Waters, Chuck Berry, Little Walter entre outros.
ENREDO


Leonard Chess, filho de imigrantes judeus da Polônia, vive com sua jovem esposa Revetta em Chicago. O homem de uma família pobre tem um sonho de uma vida financeira estável e um Cadillac. Foi o primeiro a abrir uma gravadora para músicos de Blues afro-americanos. Ao mesmo tempo Muddy Waters se muda do interior para a cidade. Leonard fundou em 1947 a Blues-Label Chess Records, e Muddy Waters passa a ser o primeiro artista com contrato assinado.
Muddy grava sua primeira música, logo depois vai com Leonard visitar sua antiga casa no Mississippi. Ao chegar lá a música é tocada na rádio. Eles têm o primeiro hit, e como recompensa Leonard dá um Cadillac para Muddy. Isso acaba se tornando uma tradição: cada artista com sucesso na Chess Records recebe um Cadillac.


De volta a Chicago, Leonard Chess se junta com seu irmão Phil, juntos eles criam um novo estúdio e leva outros artistas, como o gaitista Little Walter que o chama de "pai branco". A gravadora produz hit após hit. Finalmente, eles descobrem a estrela do blues Chuck Berry, que atingiu todo o país com seu estilo de música, inclusive as pessoas brancas. Agora só uma estrela feminina. Com a jovem Etta James, eles encontram uma voz que Leonard não só admira profissionalmente, mas também particulamente. Etta também se sente atraída por Leonard, mas sabe que ele nunca será seu parceiro.

Após crises, brigas, discórdias, rivalidades Leonard se vê obrigado a fechar sua gravadora. Ele entra no seu Cadillac, quando ele entra em seu Cadillac pela última vez, ele vê o seu logotipo no espelho retrovisor, ao virar a esquina e morre de um ataque cardíaco. Muddy Waters voa para Londres e começa sua carreira internacional.

PERSONAGENS 


  • Adrien Brody interpreta Leonard Chess um empresário judeu de Chicago, que vê musica negra como uma mina de ouro em potencial.

  • Beyoncé Knowles interpreta Etta James uma cantora de soul que conquistou as pessoas brancas, tem interesse amoroso em Leonard. Leonard arranja um encontro de Etta com seu pai branco, mas o mesmo não quer saber da filha.  Descrita pela Entertainment Weekly como "uma roqueira viciada em drogas, que praticamente abre um buraco na tela com seu sofrimento acumulado, ela abalou a gravadora, mas poderia não ter nenhuma satisfação, já que Beyoncé faz uma Lady Sings the Blues em miniatura".
  • Jeffrey Wright interpreta Muddy Waters um arrendatário que trabalhava sob o sol escaldante de Mississippi. Se mudou para Chicago para viver da música e teve sua guitarra eletrificada pela primeira vez por Leonard Chess. Foi a primeira estrela que tinha contrato com a Chess Records. Ele é o mentor de Little Walter.

  • Mos Def interpreta Chuck Berry um guitarrista de country alternativo, após contrato com a Chess Records é o primeiro a fazer um hit R&B, entrar nas paradas pop.
  • Cedric the Entertainer interpreta Willie Dixon um baixista e compositor. Narra toda a história — segundo A.O. Scott da New York Times — "com a voz suave de caipira".
  • Columbus Short interpreta Little Walter um conturbado, imprudente, tocador de gaita brilhante.
OPINIÃO
O filme foi de uma evolução tremenda. Tudo evoluiu de maneira muito próxima. A trama, os personagens e a preparação do filme. A sacada do Leonard em relação a descoberta de novos talentos em uma região tomada pelo preconceito em meados dos anos 1940 fez o cenário musical dar uma reviravolta.
Cadillac Records é um filme obrigatório não só para quem gosta de filmes baseado em fatos reais mas também para quem quer aprender sobre uma parte importante da história da música mundial!
Para os amantes do Blues é uma delícia a trilha sonora do filme Cadillac Records é escrito e dirigido por Darnell Martin. Você poderá ouvir algumas músicas que imortalizaram grandes nomes da música americana que originou posteriormente o velho rock. 

E pro post não ficar extenso, aqui vai o trailer!
Até o próximo post
Au Revoir

domingo, 27 de julho de 2014

Meu Fim de Semana Com Marilyn

Aqui registrarei os meus pensamentos sobre as partes que mais me tocaram no romance "Minha Semana Com Marilyn" de Colin Clark. 

Introdução:

"Eu acredito em mágica. A minha vida, como a da maioria das pessoas, é feita de uma sucessão de pequenos milagres - estranhas coincidências que resultam de impulsos incontroláveis e dão origem a sonhos incompreensíveis. Passamos grande parte da vida fingindo que somos normais, mas por baixo da superfície todos nós sabemos que somos únicos".
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

E assim começo minha viagem nesse novo mundo. Colin está certíssimos, ainda que neguemos em todos nós paira uma aura louca. A minha tem asas multicoloridas gigantescas e habita um reino completamente mágico e alucinógeno. Não espero que me entendam. Não espero que o visitem. Em meu mundo de sonhos mágicos, a normalidade não sobrevive porque lá respiramos liberdade.

Parte 1

"Marilyn era uma verdadeira deusa e deveria se tratada como tal"
(Colin Clark, in "Minha Semana com Marilyn")

O que faz alguém ser marcante é a essência. E a essência transcende o físico. Ninguém se torna uma diva. Ou se nasce diva ou não. A essência iluminada atrairá atenções naturalmente, sem esforços. É que a maioria vive escondida num manto de trevas da ignorância e ausência de pureza de ação. As pessoas de essência iluminada atraem esse lado escuro do outro para sua luz. Desesperados os "não-iluminados", motivados pela inveja, tentam roubar dos "iluminados" algo que lhes garantam um pouco de grandeza, leveza ou paz. Chego a conclusão que pessoas como Marilyn Monroe, Raul Seixas, Virginia Woolf e outros; nascem com uma estigma especial de Deus para transformar sua luz em arte, sentimentos em algo visível, legível, tocável... E acabam vitimados pelo mundo que não os entendem. Ou, se preferir, acabam engolidos pela maioria não-iluminada que habita o mundo.

Parte 2

"Ela está envolta numa espécie de mando de glória que tanto protege quanto atrai. Sua aura é incrivelmente forte - forte o suficiente para ser diluída em milhares de telas de cinema de todo o mundo e ainda assim sobreviver. Em carne e osso, sua quantidade estelar vai quase além do que se consegue suportar. Quando estou com ela, meus olhos não querem deixá-la. Por mais que eu olhe para ela, eles simplesmente nunca se cansam e talvez isso ocorra porque eu não consiga realmente vê-la"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

As vezes imagino as emoções como a pele coberta por uma tecido tão fino quanto um véu. Fácil de serem tocadas e percebidas, mas poucos prestam atenção e, por isso mesmo, atravessam o tecido fino com palavras de aço ou gestos de navalha. As criaturas de sentimentos expostos - chama-los-ei de "Iluminados" - se entregam a arte porque nela eles podem criar labirintos onde se escondem dos seres mais comuns ou dos que escondem suas emoções por trás de cortinas de ferro - que chamarei de "insensíveis". 

Acho também, que com o tempo os "Insensíveis" caem no vazio e perdem suas referências. É quando os "iluminados" passam a ser suas vítimas. Pois os "Insensíveis" os perseguem para vampirizá-los até que, depois de totalmente esgotados pelo sofrimento, os "iluminados" se percam de si nas vielas da loucura.

Parte 3

"Por que as pessoas não podem entender que, quer elas gostem ou não, essa é a maneira de Marilyn funcionar e que elas já deveriam estar acostumadas a isso?"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Cada um é como é. Não há como negar isso. A a palavra de ordem é "repeito". É tão fácil e cômodo julgar. Mas porque não se por no lugar do outro? Por que não tentar entender o que leva o outro a ser tão diferente de nós? Colocar-se no lugar do outro, sentir seus medos, ouvir seus choros, levar seus tombos... Cada um de nós tem seus porquês particulares que se não nos justifica ao menos nos explica. É preciso baixar o dedo que acusa e abrir os braços que acolhem.

Parte 4

"Marilyn estava sozinha. Ela precisava de alguém com quem conversar, alguém que não fizesse nenhuma exigência"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Sempre me pergunto sobre o que é solidão. Sinto que tenho uma alma solitária. Isso não é ruim até o momento que as pessoas insistem em invadir a minha solidão com seus sentimentos de superfície ou psicologia de mesa de jantar. Sou sozinha por natureza. É como me sinto bem. Fico melhor quando não tenho que me explicar em conversas. Não sou triste. Penso que sou observadora da vida e de mim mesma. E faço isso melhor quando estou em silêncio e sozinha em meus pensamentos. As pessoas precisam cobrar e falar. E acabam falando demais por conta dessa necessidade. Eu acho que muitas vezes um sorriso faz mais que um discurso inteiro.

Parte 5

"Você é uma estrela. Uma grande estrela... Você não pode fugir disso. Você tem que atuar" 
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Quantas vezes pensamos em desistir? Fugir de nossos problemas pode parecer uma solução imediata para todos. Mas nunca é! Assumir o nosso papel diante da vida, encarar as dificuldades, os medos, as tempestades; é o que nos faz grandes. Desistir é a solução dos fracos. Ninguém se espelha num covarde. O próprio covarde se envergonha de si em justificativas vazias. Muitas foram as vezes que eu fiquei na hesitação entre sair de cena ou ir até o fim do ato. No fim, sempre optei por me manter no palco e até hoje nunca me arrependi do resultado no final. 

Parte 6

"Ninguém bateu em mim como fizeram com você. Simplesmente parece que não havia ninguém por perto a maior parte do tempo. Você entende o que estou querendo dizer?"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Sempre estou só. Mesmo numa multidão, eu tenho a sensação de ser sozinha. Não tenho amigos. O mundo sempre me assustou. Tenho sempre a ideia de que estou a margem do resto deles. De tanto ser assim, as vezes, tenho medo da loucura. Estou sempre pensando nela. É confuso de entender. Acho que até nisso sou só. Só eu me compreendo realmente.

Parte 7

"Mas, Colin, eu não quero ser inatingível. Eu quero ser tocada. Quero ser abraçada. Quero me sentir envolvida por braços fortes. Quero ser amada como uma garota comum, numa cama comum. O que há de errado nisso?"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

E por que as coias chegam a esse ponto de isolamento? Eu não sei! O fato é que a cada dia as pessoas se isolam mais do mundo. Por medo trocam o mundo exterior por universos introspectivos. E não ser atingido pelo mundo exterior fica algo completamente aceitável e compreensível. Isso pode parecer assustador, nas de fato não é. Tornamo-nos mais observadores de si e dos outros e talvez por isso mesmo, ainda que os outros não penetrem em nossos "abismos", nós os compreendemos e percebemos nas suas pontes. Contraditório, não é? Mas acho que viver nunca foi um caminho coerente e reto. 

Parte 8

"Quer dizer que você é um dos seres mais especiais de todo o mundo e, independente do que dizem todos aqueles odiosos professores e psicanalistas, você conquistou isso tudo por si mesma. Você deveria se sentir muito orgulhosa"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Somo criaturas lapidadas. Uns se permitem mais outros menos, mas todos somos obras de arte da vida. Alguns com arestas, rascunhos de si. Outros obras perfeitas. Qual vale a pena ser? Ora, tanto faz! O importante é que sejamos conscientes de que somos únicos, com importância e relevância. Até os rascunhos e esboços podem mudar a visão de alguém. Cada indivíduo tem seu lugar de importância na vida. Somos uma viga que sustenta algo no mundo. Parte da construção. Isso é que não podemos nunca perder de vista. 

Parte 9

"Você não está perdida no meio de uma tempestade, Marilyn. Você é a tempestade!"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Já me disseram isso. E que assustador foi quando me encarei assim. Eu sou mesmo tempestuosa e não passo nunca despercebida. Mesmo quando quero. É algo além de mim. Juro que queria ser só um chuviscar, as vezes. Mais há intensidade demais em mim e eu não sei passar pela vida se não for assim intensamente. Há os que fecham e as portas e janela ao me verem passar e eu me debato contra os vidros sem entender porque eles me rejeitam. Porém, para me consolar, ainda há os que gentilmente vem até mim para dançarem em minhas águas.

Parte 10

"Mas eu também sou uma pessoa"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Ah, Marilyn! Como eu a entendo! Como sei que o quanto tudo isso devia doer em você. Eu não tenho nem a metade do seu brilho, talento ou fama. Mas sei que toda tempestade quer, no fundo, um lugar seguro para cair. 

Parte 11

"Eu quero encontrar alguém que me ame - com todas as coisas bonitas e feias"
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Somos como a lua e ocultamos o nosso lado feio num véu de mistério. Ninguém quer ter defeitos. Mas quando entendemos que nossos defeitos são parte do que somos começamos a olhar o mundo com outra perspectiva. Percebemos que somos falhos e aceitamos que outro também seja. Aceitar, entender, tolerar e se possível, ajudar o outro com suas falhas é o passo primordial para bons relacionamentos. Somos bilaterais. O bem e o mal formam as duas partes que nos compõe. Não dá para passar pela vida sem se encarar no espelho e decidir quem fica livre: o anjo ou o demônio.

Parte 12

"Arthur diz que eu não penso suficientemente, mas parece que eu sou feliz apenas quando não penso."
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

__Me desliguem! - eu já falei tantas vezes depois de ver o dia amanhecer na varanda. Eu penso muito e adoraria parar de pensar, as vezes. Me desligar de tudo. Mas pessoas inquietas estão eternamente trancafiadas no universo filosófico ou criativo. Criando e recriando questões sobre si e sobre a vida. Viver para os inquietos é um mover-se constante dentro de si. É o farfalhar incensante das asas da borboleta que nunca se cansa de experimentar as cores e formas do jardim que não se margeia.

Parte 13

"Achei que se me casasse seria alguém."
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Ah, a juventude e suas soluções fáceis! Com a maturidade uma coisa tive certeza: nada é fácil. E uma decisão mal tomada na juventude nos condena a uma maturidade de arrependimentos. Quando se está triste e sozinho e alguém nos oferece abrigo e carinho, tendemos a pôr nesse alguém toda a esperança de um futuro bom. E aí erramos. Temos que aprender a pôr em nós esse lugar seguro para onde voltar quando a vida pesa. Temos que ser o nosso próprio porto. Afinal, só nós conhecemos a fundo nossas razões e dores. Para evitar sofrimentos maiores precisamos aprender a nos abrigar.

Parte 14

"Um motivo que a impedia de levar as pessoas consigo era ela própria não fazer a mínima ideia de para onde estava indo. No entanto, ela chegou lá. Ninguém pode negar isso, e basicamente, ela conseguiu isso sozinha."
(Colin Clark, in "Minha Semana Com Marilyn")

Estou acostumado a ver pessoas se aproximarem de mim por razões que vão desde a curiosidade até a mera casualidade mesmo. E como chegam, se vão. Eu não sei lidar com a despedida. E sinceramente raras foram as vezes que entendi o adeus. Contudo, a porta de saída de minha vida é de livre acesso aos que precisam usá-la. A única advertência é a de que não há caminho de volta. Nunca aprendi a perdoar. De tanto assistir as pessoas saírem e entrarem em meu mundo, escolhi ser solitária. E de um tempo para cá, todos os dias me sinto mais esvaziada do mundo e de suas relações. Tenho dificuldades em confiar hoje em dia. Sinto muito medo das pessoas. Tenho construído ao meu redor uma muralha de loucura e poesia. 


Assim terminou meu fim de semana com Marilyn Moroe. Descobri tanto de mim nela que chorei e ri de suas emoções como se fossem minhas também. Não! Não estou comparando a ela. Eu não seria tão ridícula. Tudo que estou dizendo é que sou tão solitária e carente quanto ela, tão aparentemente forte e tão realmente frágil quanto sua alma. Norma Jean foi uma mulher que poucos viram como também poucos me viram até hoje. Marilyn foi a capa que essa mulher usou para sobreviver. Eu tenho entrelinhas para sobreviver. Para ela funcionou até os 36. Eu já estou quase com 43. Quanto tempo as letras me protegeram do suicídio? Ou será que morro a cada texto que crio?

(Texto publicado originalmente na minha escrivaninha no site Recanto das Letras. Aos que não quiserem ler o livro, deixo o filme na íntegra. Tenho certeza que é uma grande dica para esse domingo. Boa diversão!)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Across the Universe

"Dear Prudence, open up your eyes
Dear Prudence, see the sunny skies
The wind is low, the birds will sing
That you are part of everythingg
Dear Prudence won't you open up your eyes?"
(Dear Prudence, Lennon & McCartney) 

Anos 60, como diria a célebre canção de Lennon "Give Peace a chance" ou traduzindo "Deem uma chance a paz". Em tempos de Guerra Fria, Guerra do Vietnã, Woodstock, eis um filme para coroar o romance e o amor puro!
Essa é a história de Jude e Lucy (como nas canções Hey Jude! e Lucy in the sky with diamonds, imortais letras dos Beatles), um casal que veio de situações diferentes mas, que  estão perdidamente apaixonados. Juntamente com um grupo de amigos e músicos eles se envolvem nos movimentos da contracultura de sua época.
Falando sobre amizade, paixão e movimentos sociais dos anos 60, o filme conta com bom roteiro, ótimos atores e participações muito especiais, como a atriz Salma Hayek (Bandidas;Ladrão de diamantes) e de Bono (Vocalista da banda U2). Mas o que mais chama a atenção é a música dos Beatles, interpretada pelos próprios atores. As canções sempre se fazem presentes em cena, estando em perfeita sintonia com o filme. "Across the universe" é uma obra apaixonante, que merece ser vista e admirada.

Curiosidades:
  1. De primeira: A cena em que Evan Rachel Wood (Lucy) canta "If I Fell" foi gravada logo em sua primeira tentativa.
  2. Quem sabe faz ao vivo: 90% das canções foram gravadas ao vivo nos sets de filmagens, sem qualquer dublagem feita em estúdio durante a pós-produção. 
  3. Outros rockeiros homenageados: O personagem JoJo é uma referência a Jimi Hendrix, enquanto que Sadie é uma referência a Janis Joplin.
  4. Um rostinho bem bonito: Durante a canção "With a Little Help From My Friends" pode ser visto um grande pôster da atriz Brigitte Bardot. Trata-se de uma referência à conhecida obsessão que John Lennon tinha pela atriz.
E pro post não ficar extenso vou colocar o trailer!

Então fica a Dica!
Até o próximo post!
Au Revoir