sábado, 18 de abril de 2015

O Sorriso de Monalisa

"Minha professora, Katherine Watson, vivia segundo suas convicções e não as comprometeria nem pela Wellesley. Dedico este meu último editorial a uma mulher extraordinária que nos serviu de exemplo e nos incentivou a ver o mundo com novos olhos. Quando lerem este, ela estará a caminho da Europa onde sei que derrubará novas barreiras e semeará novas ideias. Ela foi taxada de fracassada por partir transviada sem rumo, mas nem todas que se desviam carecem de rumo, especialmente quem procura a verdade além da tradição, além da definição, além da imagem. Eu nunca a esquecerei." (Betty Warren)
 
 
Katharine Watson (Julia Roberts) é uma recém graduada professora que consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para lecionar aulas de História da Arte, o ano era 1953. 
Incomodada com o conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida.
Essa mesma professora que no começo do filme tinha uma aula completamente preparada, viu-se obrigada a mudar seu método, pois ela havia sido desafiada pelas alunas.
Então ela começa a utilizar a abordagem de ensino socio cultural, onde ela queria criar sujeitos pensantes, críticos, criativos, e com isso ela mostrou outra realidade para as alunas, porque na verdade a escola mostrava que as alunas teriam que ser excelentes esposas (como a sociedade queria que elas fossem), e apenas isso, e para ser excelentes esposas elas não poderiam pensar; já a Katherine mostrou que elas poderiam ser excelentes esposas, mas que poderiam também ter uma carreira, viver em sociedade e lutar pelo que elas queriam.
Se nós analisarmos friamente e trazer este tema pra contemporaneidade, é uma "batalha" das mulheres do Século XX e primeiros 15 anos do século XXI.
 
As mulheres no decorrer dos anos vem conquistando seu espaço na sociedade.
Quebrando barreiras e preconceitos, atngindo seu alvo com êxito.
A liberdade de expressão.
Nas décadas de 50 e 60 elas tinham que ser submissas aos homens que representava a figura de chefe da casa, e detinha todo o controle financeiro, e nunca poderia ser desafiado ou desacatado.
Naquela época a mulher padrão, perfeita para a sociedade era a "rainha do lar
",prendada, boa esposa que cuidava dos filhos e da aparência, tudo em prol do casamento.
Discutimos esse papel em textos anteriores quando lemos A mulher de 30 anos do Balzac um dos precurssores do feminismo ao mostrar Julia, a infeliz heroína, às voltas com problemas fundamentais da vida amorosa e sentimental das mulheres e com o fracasso do casamento, ante a uma sociedade extremamente machista.
 
"Vim à Wellesley porque queria mudar o mundo, mas mudar pelos outros... é mentir para si." (Katherine Watson)
 
Aqui está o trailler:

O interessante é que o filme tenta passar que não basta apenas reproduzirmos o conhecimento, mas sim, tornemos produtores de nós mesmos e sejamos capazes de desenvolver o senso crítico em qualquer momento sem abdicar dos nossos sonhos.

Até o próximo texto
Au Revoir