Resenha por Gabriella Gilmore
Como seria você acordar um dia decidida a tirar sua vida?
Você teria motivos suficientes para tal ato?
Será que existe mesmo uma razão aceitável para isso? Sem que sua morte não seja vista como loucura ou até mesmo o culpar aos pais ou pessoas próximas que em nada tem haver com sua decisão de deixar um mundo que não mais lhe fazia sentido?
Bom, no dia 11 de novembro de 1997, Veronika decidiu que já era o seu momento.
Mas como faze-lo sem que seus entes queridos não se sentissem culpados? Isso já era um motivo para preocupação.
Só de pensar que sua vida virou uma rotina, que depois que a juventude passa tudo tende à decadência, velhice chegando, amigos partindo, continuar vivendo não era lá grandes coisas. Na verdade, o risco para sofrimentos eram maiores.
E viver num mundo que cada vez que passa se torna mais incorrigível, era totalmente frustrante.
Já que não podemos escolher nascer, pelo menos dar cabo a vida quando assim sentimos que já "fizemos" o que deveríamos fazer na terra, não seria lá um pecado mortal, seria? Se temos o "livre arbítrio", isso significa que podemos sair de cena quando acharmos melhor e pronto.
Nossa amiga simplesmente pega suas quatro caixas de remédios para dormir e calmamente vai tomando um a um.
Ela acorda em Villete, um asilo de loucos.
Nossa personagem nos faz pensar sobre questões religiosas que às vezes nos permeia, como se realmente Deus existe, sobre o tabu do suicídio, sobre a luta do homem para sobreviver e não se entregar e ela até ousa em voltar lá no paraíso de Adão e Eva.
Você ri com sua ousadia em enfrentar certos temas com uma fúria doce e no decorrer da história você só quer entender a fundo os reais motivos que leva o ser humano a tais atos.
No hospício você depara com depoimentos de Mari, uma paciente de síndrome de pânico e Edward, o artista esquizofrênico.
No final você percebe que
Livro disponível também em filme, tendo como protagonista a atriz americana Sarah Michelle Geller.