sábado, 25 de julho de 2015

O Poder do Estado: O Capitalismo



A concretização do mundo moderno. O capitalismo tem uma função muito mais do que econômica. Seria a evolução do mercantilismo, uma adaptação e aprimoramento das trocas materiais num mundo que se expandiu de forma desordenada.

Primeiro falarei de seu pai o Mercantilismo. O Mercantilismo foi um momento econômico histórico no qual o Estado interferia massivamente no mercado, trazendo o Capital para si. Os Estados Nacionais acordavam entre si para melhorar suas comercializações e seus estados financeiros. Há o nascimento das indústrias nacionais, que pertenciam ao Estado e há mais ninguém. O auge desse momento foram as navegações, pois elas possibilitaram aos grandes Estados (Inglaterra, França, Portugal e Espanha) um aprimoramento de seu comércio e a expansão de seu mercado. As colônias inglesas, francesas, portuguesas e espanholas levaram às suas metrópoles uma nova possibilidade de crescimento e de exploração. Também foi de igual importância a chegada da Europa ao Oriente. Os países do oriente contribuíram de forma ainda mais expansionista para os Europeus, pois eles produziam, a Europa transformava e mandava de volta para os países, gerando para ela lucro estatal.

Então surge Adam Smith com o livro A Riqueza das Nações, surge com ele o Liberalismo: “o Mercado deve ser livre, sem a interferência do Estado”. Começa então a ideia Capitalista. As pessoas dominariam o Mercado, os meios de produção, a construção do mundo dependeria delas. Surge uma nova classe para afrontar o Clero e a Nobreza, a Burguesia. O Capitalismo pertence aos homens, quebrando o Mercantilismo que pertencia ao Estado. O Capitalismo busca o lucro pessoal, o individuo que produz, merece e ficará com o lucro do que produziu e fará com seus ganhos o que bem entender.

O Capitalismo possibilita a criatividade humana, pois os donos dos meios de produção podem criar, destruir e reinventar os meios como acharem melhor. Com a “privatização” dos meios de produção as indústrias nacionais perderam força e ruíram, abrindo espaços para os grandes capitalistas. O Capitalismo Liberal tomou conta da Europa e se espalhou pelo mundo. Todos têm direito de compra, todos fazem parte do sistema econômico.

Como tempo criou um inimigo poderoso, que foi o Comunismo. O grande problema é que o Capitalismo é, até hoje, o único meio econômico que soube sair de uma crise, sem ter que se render, fundir ou mudar por completo. Em 1929 houve a maior crise do Capitalismo, os valores da bolsa de valores caíram de forma assustadora, resultando na dúvida do Capitalismo como forma econômica e num suicídio em conjunto de várias pessoas que foram afetadas. Os economistas entraram em desespero e os comunistas vibraram.  Contudo Keynes (economista britânico) aponta a saída: “O Estado só tocará no Mercando quanto este estiver em crise”. Keynes cria as chamadas “ferramentas keynesianas”, são elas a Política Fiscal, Política Cambial e Política Monetária. Sendo assim o Estado começa a interferir novamente na economia, mas com muito menos força do que antes. O Estado pode criar formas de ajudar o Mercado a não cair ou impedir que a moeda local perca seu valor ou que a economia local não morra de vez, mas ele em si não pode ser detentor direto do poder do Mercado.

Uma das armas do Estado para ajudar o Mercado é a inflação. A inflação tem diversas funções dentro do Capitalismo um deles é a diminuição de capital circulante, pois se houver muito capital girando no sistema econômico ele começa a perder valor. Mas não me prenderei a esse assunto.

O Capitalismo é o único sistema que representa a natureza humana. É o único que possibilita a busca pela grandeza. No feudalismo as pessoas que nasciam em determinada classe permaneceriam naquela classe até suas mortes, no mercantilismo as pessoas não ganham nada com o que produzem (lucro do Estado), no socialismo todos somos iguais demais, os meios de produção pertencem ao Estado ele dita como deve ser produzido (Isso não quer dizer que o que se produz será dado para os outros, o Socialismo não é aquela ideia de que entram na sua casa, comem a sua comida e depois vão embora). O Capitalismo permite ao povo a ideia de crescer, dá ao ser humano a criatividade de agir com os meios de produção como bem entenderem e como acharem melhor.

Contudo não existe ética e moral para o capitalismo. Ele se fundamenta na ideia de que uns devem crescer e outros devem descer, enquanto uns vivem na mais linda mansão outros devem perecer num minúsculo “chiqueiro”. O Capitalismo é individualista. O pensamento capitalista gira em torno do bem-estar próprio: “enquanto EU estiver bem, o mundo que se afogue em trevas e miséria”. Para o Capitalismo a moral, a preocupação com os outros, a humanidade não são muito relevantes. Mas há também outra coisa que o Capitalismo ignora como se fosse um lixo: A Cultura. Para o Capitalismo não há a necessidade de se manter a cultura, a história, a formação do povo. Passamos nesse momento por dois momentos que ficarão para História. O primeiro (e menos importante em minha opinião) é o fechamento da mais clássica e “lendária” loja de brinquedos dos EUA, a FAO Schwarz. Esta não teve como se manter no lugar privilegiado que ocupava por causa do alto custo do aluguel e foi “convidada” a se fechar.

O Segundo, e muito mais importante, é a Grécia. O berço de nossa civilização, pois até o Império Romano tem seus deuses roubados da Grécia. O início do mundo Oriental, o ventre de toda a nossa cultura. Há mais ou menos cinco anos, vem passando por problemas sérios financeiramente. Já houve a cogitação da retirada dela da União Européia, já houve a cogitação da separação dela, mas o que seria do Mundo se não houvesse Grécia? O que seria de nossas referências? O Capitalismo não liga, ele quer sobreviver. Leonardo Boff, em sua página fez um pronunciamento sobre isso que acontece na Grécia. Sobre a vitória da Cultura sobre o Capitalismo.

Enfim, o Capitalismo é o mais inteligente sistema econômico, pois foi o único que conseguiu superar crises e convencer o povo de que é bom. Alguns economistas dizem que ele morreu e se esqueceram de enterrá-lo. Outros dizem que ele está mais vivo do que nunca. Alguns dizem que ele não morreu, mas está matando o planeta. Pois outro problema do Capitalismo é o consumo. Consumo exagerado e desenfreado. Quanto mais se consume mais se produz, e o planeta não vai aguentar essa superprodução louca, não dá mais tempo de repor o que foi tirado. Não sei qual é a mais certa, pois todas têm um toque de certeza.

Por fim, o Capitalismo não teme nada, porque não há o que temer. Pelo menos ainda não criaram nenhum sistema econômico mais eficaz que ele. Para ele não existe cultura, não existe história, não existe Deus, não existe moral, não existe ser humano. Existe Dinheiro, tudo deve ser pago pelo Dinheiro. E não percamos tempo, porque até o tempo é caro.

Feliz Dia do Escritor!

Em homenagem aos escritores:
Cecília Meireles - Motivos. 

 

Feliz dia do escritor - Sorteio no CLV - último dia!





O Dia do Escritor (25 de julho) surgiu após a realização do I Festival do Escritor Brasileiro,
iniciativa da UBE. O grande sucesso do evento foi primordial para que, por
intermédio de um decreto governamental, a data fosse instituída com a
finalidade de celebrar a importância do profissional das letras, profissão que,
infelizmente, nem sempre tem sua relevância reconhecida.

Se você também tem facebook, segue o link para participar.
VEM!
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Feliz Dia do Escritor!!!

Olavo Bilac & Paulo Leminski 
Os meus escolhidos para essa homenagem de hoje.

 

Dia do Escritor - Soneto do Amor Total (Vinícius de Moares)


Soneto do Amor Total (Vinícius de Moares) 


Até o próximo post
Au Revoir