Individualmente, uma formiga é
uma criatura bastante limitada. Mas, e em grupo as formigas formam uma mente
coletiva? Afinal de contas, em termos genéticos, um formigueiro é quase um
organismo, no qual a rainha vive com milhões de filhas. E todos esses olhos e
bocas estão ligados como células cerebrais em uma rede de interações capaz de
reagir ao mundo com uma inteligência afiada.
Observe uma trilha de formigas e
verá que elas esbarram o tempo todo umas nas outras, parando para tocar as
antenas. A cada vez, trocam informações sobre o que estão fazendo. Então, seus
minúsculos cérebros aplicam algumas regras bem simples. Se uma formiga achar
que quase não encontra outra que tenha a mesma tarefa que a dela (ou se
encontrar muitas fazendo a mesma coisa), mudará seu comportamento. Logo, da
manutenção do formigueiro à procura de alimento, as formigas se espalham por
seu território, fazendo o que precisa ser feito, como se a colônia, como um
todo, fosse consciente.
Deborah Gordon, da Universidade
de Stanford, estuda formigas-cortadeiras no deserto do Arizona, e descobriu que
as colônias tornam-se mais inteligentes à medida que amadurecem. Mesmo
crescendo um número, uma colônia mantém o tamanho de seu território, criando
assim uma rede de interações que se torna cada vez mais densa e inteligente. Ao
gerar problemas bloqueando as trilhas de busca de alimento ou desarrumando o
formigueiro com palitos de dente, Deborah descobriu que colônias maduras
reagiram mais rapidamente e com maior segurança. Colônias mais jovens demonstraram
um comportamento errático, como se não soubessem bem como reagir. As colônias
mais velhas também haviam descoberto uma forma de se relacionar com colônias
vizinhas. Se as trilhas de busca de alimento um dia se cruzassem, no dia
seguinte as formigas seguiriam no sentido oposto. Porem, colônias adolescentes
sempre voltavam ao local em busca de briga.
A evidência sugere que há uma
espécie de inteligência coletiva em atividade em uma trilha de formigas. Como
uma mente humana, a trilha “conhece” o mundo.
Créditos: Reader’s digest (Maximize o potencial do seu cérebro)
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