Do francês, Déjà vu, (Já vi no português) é um dos truques
mais peculiares que a memória pode aplicar, o déjà vu é uma sensação curiosa
marcada por uma impressão súbita e intensa de familiaridade – um sentimento de
“ter estado aqui antes” ou de já ter vivido esse momento.
A TEORIA MAIS RECENTE
Pesquisas cerebrais sugerem que o
déjà vu pode ser o resultado de um
erro momentâneo no modo como o cérebro constrói uma imagem consciente. Tudo o
que vivenciamos é processado ao longo de muitos caminhos paralelos no cérebro.
Alguns deles percorrem áreas da camada externa do cérebro, ou córtex, e lidam
com percepções sensoriais. Por exemplo, eles combinam informações visuais para
formar imagens completas e conectam informações sensoriais com fatos
relacionados a imagens, tais como o nome de objetos e o que eles são. Outros
caminhos percorrem o sistema límbico, o centro emocional do cérebro, e é ai que
a informação recebe significado emocional, incluindo, se apropriado, a sensação
de familiaridade. Normalmente, a informação dos caminhos límbico e cortical é
trazida à consciência ao mesmo tempo, criando uma imagem “completa”. Imagina-se
que o déjà vu ocorra quando uma
informação que esteja fluindo pelo sistema límbico seja rotulada como familiar
por engano. Quando essa informação identificada incorretamente se incorpora à
informação restante do cérebro, produz uma sensação de familiaridade que vai
contra o conhecimento produzido pelo córtex. Isso leva à experiências
intrigante do famoso déjà vu.
CURIOSIDADE: Jamais vu.
O jamais vu é o inverso do déjà
vu: em vez de uma coisa nova parecer familiar, alguma coisa conhecida
parece estranha. Você pode estar, por exemplo, na sua própria casa quando, de
repente, os móveis e suas disposições não lhe parecem, por um momento,
familiares. Ou você pode olhar para alguém que conheça bem e sentir que a
pessoa é tão estranha para você como qualquer rosto na multidão. Mesmo que você
saiba mentalmente que a sala e a pessoa são as mesmas de sempre.
Como o déjà vu, é provável que o jamais
vu seja causado por uma falha momentânea do sistema límbico em reagir
apropriadamente – no caso, o significado emocional da informação não está sendo
reconhecido como deveria, ou o “rótulo” emocional não chega até a consciência.
Apesar de o fenômeno durar apenas
poucos segundos, em casos raros uma lesão no sistema límbico pode produzir uma jamais vu permanente especialmente no
que diz respeito às pessoas. Esses sentimentos podem se tornar tão intensos que
a pessoa conclui que os amigos e os familiares foram “substituídos” por
impostores ou alienígenas. Essa convicção, conhecida por síndrome de Capgras,
pode ter consequências catastróficas. Pessoas acometidas por essa doença muitas
vezes rejeitam a família e podem se tornar paranoicas e violentas.
Créditos: Reader’s digest
(Maximize o potencial do seu cérebro)
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