sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Essa Sou Eu! (Poesia Homenagem a Vander Lee)



Ora triste ora alegre. 
Ora tudo ora nada. 
Ora abrigo ora abandono. 
Essa sou eu! 

Indo e vindo
em minha legião de sentimentos 
confusos, complexos, paradoxos... 
Essa sou eu! 

Tão lua no sol e tão só na lua. 
Entre a ventania e a calmaria. 
Essa sou eu! 

Nem tão puta, nunca santa. 
Tão de direita e perfeita no meu avesso. 
Na beira do choro
na lágrima mais profunda.
Essa sou eu! 

Tão mulher, tão louca, tão benta, 
tão beata, tão descrente, tão vadia, 
tão mundana, tão fada, tão bruxa, 
tão tua, tão dela, tão sozinha, 
tão casa, tão rua, tão vestida, tão nua...
Essa sou eu!

Tão frase de boteco, 
tão poesia de Neruda, 
tão teatro de esquina,
tão tela de museu,
tão pérola, 
tão metal...
Essa sou eu!

E se você não entende, 
não se preocupe, 
nem se culpe, 
só me dê a mão.
Porque hoje eu sou vontade
e amanhã liberdade.
Hoje sou eu aqui
amanhã não sei. 
Hoje sou Amor
amanhã posso ser prazer. 
Por que?
Por que essa sou eu!
( Waleska Zibetti)

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