“A maior
prova de que Deus existe é que Deus está vivo em cada um de nós.” – Bruna Mota
Boa
tarde pessoal. O tema de hoje é um pouco delicado.
“Futebol
e religião não se discute” sempre ouvimos falar, não é mesmo? Mas a própria
palavra já diz: Discutir “Debater (um assunto) por meio de discussão.”. E é
isso que faremos hoje: Debater.
Ano
passado, eu teclava com um amigo de Minas sobre a teoria do Big Bang e a
Evolução, foi quando ele me perguntou se eu era Criacionista. Eu disse que sim
e pelo início da conversa achei que ele era Evolucionista. Porém, eu estava
errada. Logo ele foi me falando que tanto a ciência quanto a religião se
completam. Foi ai que ele declarou que acreditava tanto em Deus quanto na
teoria de Darwin.
Deixei
esse assunto “de lado” depois que terminamos a conversa, entretanto, duas
semanas atrás quando eu peguei um livro na biblioteca para ler depois dessa
ausência involuntária de leitura pela qual passei, eu posso dizer que não foi
eu quem o escolhei, e sim ele a mim.
O
livro se chamava “A linguagem de Deus”. O cientista Francis S.Collins, diretor do projeto
Genoma apresenta evidências de que Ele existe.
O
curioso é que eu nunca deixei de acreditar em Deus, mesmo convivendo com
pessoas de religiões e culturas totalmente diferentes da minha, e a minha atual
pergunta é, inclusive contrária do que sempre ouvimos: Por que NÃO acreditar no
Deus de maravilhas? E desde então, venho estudando para tentar entender a mente
dos ateus ou pseudo-ateus.
Aprendemos
sobre espíritos, sobre Buda, sobre Deusa mãe, Vishnu, Thor (para os amantes do desenho
animado rs)... Mas Deus só existe UM, deuses vários... E é sobre esse Deus, com
“D” maiúsculo, é que me refiro no
artigo de hoje.
Uma vez eu conversava com um descrente, e ele
dizia com uma convicção apaixonante de que Jesus Cristo como referencia de
moral era irrelevante, pois a moral não se aprende dentro de uma instituição
religiosa. Fiquei tentada sobre este pensamento dele, porém nunca deixei o meu
acreditar de lado. E esses dias lendo os livros de sabedoria da bíblia, que são
os de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes
e Cânticos, li centenas de pensamentos que foram escritos há tantos séculos
antes dos sábios dos tempos de nossos tataravôs, e que com uma palavra aqui e
ali resumia o que já fora escrito nas escrituras. Entendem o que quero dizer?
Até os mais sábios para nós conheceram os ensinamentos de Deus, e sim, a moral
deles foi baseada ali, na Palavra.
É
muito simples matar Deus. E uma de minhas perguntas é: O que seria aquilo no
qual a ciência não consegue desvendar por séculos? “Os não crentes podem também
nos contestar que achamos “simples” replicar o que não se responde dizendo que:
“ É coisa de Deus!”, algo que não sabemos explicar. Eu falo isso porque já ouvi
isso milhares de vezes. E não tenho esse tipo de resposta porque Deus é muito
mais que uma resposta para o “sobrenatural”, Deus é amor incondicional, é a fé
para lutar por algo em que pensamos não acreditar. Deus é aquele suspiro de
manhã quando acordamos gratos por mais um dia. Ele não deixa faltar nada para
aqueles que creem e que pedem. Deus é a esperança de vivermos em um lugar
feliz. Deus é o responsável por ter feito seres humanos tão complexos e ricos
em perfeição física. Deus é compromisso com o que é certo e honesto. E deixar
claro que a ciência não é ameaçada por Deus, e sim aprimorada.
Um recado aos que acreditam em Deus
Se
você acredita em Deus e se preocupa com o fato de que a ciência está corroendo
a fé ao promover uma visão de mundo ateísta, espero que tenha restaurado sua
confiança graças ao potencial de harmonia entre a fé e a ciência. Se Deus é o
criador de todo o universo, se Deus tem um plano específico para a entrada da
humanidade em cena e se Ele deseja uma afinidade com os humanos, nos quais
injetou a Lei Moral para que se aproximassem Dele, Deus não pode ser ameaçado
pela nossa compreensão minúscula e seus esforços por entender a magnitude de
Sua criação.
Nesse
contexto, a ciência pode ser uma forma de adoração. De fato, os que creem em
Deus devem buscar a vanguarda dos que procuram novos conhecimentos. Os que creem
em Deus têm muitas vezes levado a ciência ao passado. Entretanto, com muita
frequência hoje em dia, os cientistas
sentem-se constrangidos em admitir suas visões espirituais. Somam-se a esse problema os líderes de igrejas, que
em geral parecem fora de sintonia com as novas descobertas cientifica, correndo
o risco de atacar as perspectivas da ciência sem uma compreensão total dos
fatos. As consequências disso podem fazer a Igreja cair no ridículo, afastando
quem está buscando a Deus com sinceridade, em vez de lançar essa pessoa
nos braços Dele. Em provérbios 19:2, há uma advertência contra esse tipo de
fervor religioso, bem-intencionado, mas desinformado: “Não é bom agir sem refletir”.
Os
crentes em Deus fariam bem em seguir a orientação de Copérnico, que encontrou,
ao descobrir que a Terra girava em torno do Sol, uma oportunidade de celebrar,
em vez de diminuir a grandeza de Deus: “Conhecer as obras poderosas de Deus;
compreender Sua sabedoria e majestade e poder; apreciar, em certo grau, o
maravilhoso trabalho de Suas leis, sem dúvida, tudo isso deve ser uma maneira
agradável e aceitável de louvar o Altíssimo, a quem a ignorância não pode ser
mais grata que o conhecimento”.
Um recado aos cientistas
Se
você é daqueles que acreditam nos métodos da ciência, mas permanece cético em
relação à fé, este seria um bom momento para se perguntar que obstáculos estão
em seu caminho na busca de uma harmonia entre essas duas visões de mundo.
Você
tem se preocupado porque a crença em Deus
exige retroceder à irracionalidade, esquecer-se
do compromisso com a logica ou mesmo cometer suicídio intelectual? Espero que os argumentos apresentados neste breve
artigo permitam, ao menos, um antidoto parcial a esse ponto de vista e que o
convençam de que, de todas as visões de mundo possíveis, a ateísta é a menos
racional.
Você
se irrita com o comportamento hipócrita dos que professam uma crença? Entenda
que a água pura da verdade espiritual é transportada em recipientes
enferrujados, aos quais chamamos de seres humanos. Assim, não se surpreenda se,
às vezes, essas crenças fundamentais ganhem distorções graves. Portanto, não
baseie sua avaliação da fé nos comportamentos que vir em um ou outro individuo
ou em religiões organizadas. Em vez disso, baseie-se nas verdades espirituais e atemporais que a fé apresenta.
Você
está sofrendo em decorrência de algum problema filosófico especifico referente
à fé, como, por exemplo, por que um Deus de amor permite o sofrimento? Admita
que uma grande parcela do sofrimento é trazida a nós por causa de nossas ações
ou de ações de terceiros e que, num mundo
onde humanos praticam o livre-arbítrio, isso se torna inevitável. Embora
seja difícil aceitar isso, a ausência total de sofrimento talvez de nada
interessasse ao nosso crescimento intelectual.
Você
apenas não se sente à vontade ao aceitar a ideia de que os instrumentos da
ciência são insuficientes para responder a qualquer pergunta importante? Esse,
em particular, é um problema para cientistas, pois eles comprometeram sua vida
à verificação experimental da realidade. Dessa perspectiva, admitir a
incapacidade da ciência para responder a todas as questões pode ser um soco em
nosso orgulho intelectual – mas esse soco precisa ser reconhecido, assimilado e
aprendido.
Essa
discussão sobre espiritualidade deixa você desconfortável por sentir que o
reconhecimento da possibilidade de Deus talvez traga novas exigências à sua
vida, no que concerne a planos e atitudes? E ainda posso testemunhar que chegar
ao conhecimento do amor e da graça de Deus
fortalece em vez de aprisionar. Deus está no ramo da libertação e não da
carceragem.
E
enfim, você simplesmente não teve tempo de considerar de maneira séria a visão
de mundo espiritual? Neste mundo moderno, muitos de nós disparamos de uma
experiência para outra, tentando negar nossa mortalidade e adiando qualquer
reflexão séria acerca de Deus até algum instante, no futuro, em que acharemos
que as circunstancias estão corretas.
A
vida é curta. O índice de mortalidade será diferente para cada pessoa num
futuro previsível. Abrir-se para a vida do espirito pode ser uma experiência
enriquecedora. Não fique protelando a reflexão sobre essas questões de
significado eterno até que uma crise
pessoal ou a idade avançada o obrigue a reconhecer o empobrecimento espiritual.
Créditos: Francis S.
Collins, livro “A linguagem de Deus pg 233 a 236”.
Título inspirado na
música de Joan Osbourne – “One of us”.
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