terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Eu, Poirot e Ms Marple.


Olá, seguidores queridos do CLV! Todos bem? Claro que sim! Eu andava com saudade de estar aqui, mas a vida infelizmente, às vezes, nos pede dedicação total e exclusiva. E foi o que aconteceu. Um agravante da situação é que preciso agora de óculos para poder ler – coisas da idade: uma tal vista cansada. Custei-me a adaptar-me a essa coisa e ler tinha virado quase um desprazer. Pode isso? Pode! Acredite-me: pode sim! Mas como diz a canção o tempo passa e eu me adaptei finalmente recobrando minha rotina de leitura. Bom, deixemos minha nada mole vida de lado e vamos falar de minhas recentes leituras. 

Decidi começar com a Rainha Master dos Crimes a Senhora Agatha Christie. Desde de minha adolescência eu me encanto com a genialidade dessa escritora para o estilo. Há outros, claro! Mas há algo na narrativa de Lady Agatha que me deixa... apaixonada. É! Esse é o termo. Eu ganhei o livro “Um Corpo na Biblioteca” de aniversário e decidi retomar minhas leituras por ele. O título me levou de imediato a pensar no famoso jogo “Detetive”. Já jogaram? Apesar de gostar tanto da escritora, eu só conhecia as aventuras do Poirot. Adorava viajar com ele em suas investigações quando tinha 13, 14 anos de idade. Cheguei mesmo a pensar em entrar um dia para a Scotland Yard, acreditam? (Acho mais charmosa que a CIA.) Enfim, delírio adolescente à parte foi com imenso prazer que comecei o livro na esperança de reencontrar-me com o Inspetor de bigodes grossos. Infelizmente o encontro não se deu. A história seria investigada por Miss Marple. 

Decepção superada, segui a leitura. 

SOBRE O LIVRO:

Uma grande surpresa espera o casal Bantry numa manhã rotineira em Gossington Hall: um corpo de uma jovem fora encontrado por criados em sua biblioteca. Logo de imediato Ms Marple, famosa por sua fluidez de raciocínio, é chamada ao local por sua amiga e esposa do coronel Bantry, a senhora Dolly Bantry. A Srª Bantry pareceu-me a principio uma mulher fútil e para quem o corpo trouxera mórbida animação. 

A história se desenrola num enredo muito gostoso de ler – como se pudesse ser diferente em se tratando de A. Christie. Personagens interessantes, com passados misteriosos vão surgindo o que nos conduz a uma crescente curiosidade em relação ao desfecho que é no mínimo, surpreendente.

A DECEPÇÃO

Como eu disse no princípio, eu sou fã de carteirinha de Poirot. Ele nos envolve na investigação, nos carrega com ele pelas cenas dos crimes, nos faz refletir com ele, somos Poirot ao ler Poirot. O mesmo não acontece com Ms Marple. Ela parece ficar muito à margem dos acontecimentos. Como uma sombra que perpassa em segundo plano ao longo do livro. Você deverá que fazer uma investigação solitária e torcer para estar numa linha correta de raciocínio para que esta bata junto com Ms Marple que só passa a atuar efetivamente do livro nas páginas finais. Se fosse para dar nota, eu diria assim: Poirot leva 5 estrelas e Ms Marpel fica com 3. Não! Duas e meia. Isso! Duas e meia. 

CONCLUSÃO

Leiam “Um Corpo na Biblioteca” com todo respeito e amor que Lady A. Christie merece. Porque o livro é muito legal e merece ser lido.  Leia-o, por exemplo, se você estiver naqueles dias de querer que o tempo passe suave sem ficar procurando subtextos de reflexões profunda. Ele é perfeito para férias preguiçosas, dias frios com chocolate quente, domingos entediantes... O prazer é garantido em horas de enorme suspense.  Eu recomendo. Só não esperem muito charme de Ms Marple se, como eu, forem apaixonados por Poirot.

Enfim, até a próxima leitura! 

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