A Esquerda e a
Direita voltam a brigar. Dessa vez por um motivo besta, porém preocupante. A
questão está no Conservadorismo da Direita e no Liberalismo da Esquerda.
Esquerda
Falemos
primeiro do Liberalismo. A Esquerda está pregando uma forma mais “livre” para
todos. Onde todos serão aceitos e o mundo será cor de rosa. Algumas bandeiras
levantadas são as Homossexuais, Feministas etc. Além de algumas outras mais
“humanistas” (Direitos Humanos e companhia). Esses movimentos sociais são
importantíssimos para o desenvolvimento cultural de uma sociedade. Os
homossexuais precisam ser aceitos, as mulheres devem ser valorizadas, os
deficientes devem ter espaço na sociedade etc.
Mas o que torna
isso preocupante? O Exagero. Impor algo não é de fato uma revolução. Revoluções
mudam as mentes do povo, mas sem fazê-las sentirem-se oprimidas. Estamos
chegando a um ponto que se não gostamos de algo somos vistos como um ser
abominável. Acho válido que os homossexuais lutarem por seus direitos, mas não
acho necessário, em uma “parada gay”, masturbarem-se com um crucifixo. Querer
chocar a população; isso foi feito por diversas pessoas que se consideravam “gênios”
da Idade Média, que por suas atrocidades acabaram no esquecimento e apenas
parte das pessoas conhecem suas histórias.
A ideia
feminista é muito boa, a questão do tratamento, a questão da forma com que as
mulheres são vistas pelo mundo. Mudar isso é mais do que necessário, é mais do
que uma obrigação. Mas há uma linha de pensamento que está extrapolando.
Meninas que se dizem feministas e pregam a “destruição” dos “machos”. Há ainda
o “feminismo tirano” que prega a submissão total dos homens às mulheres. O
Feminismo era a equiparação de direitos entre homens e mulheres, mas estão
pervertendo seus ideais. Isso traz a desgraça para o movimento e as pessoas que
realmente apóiam as verdadeiras bandeiras feministas são ridicularizadas.
Direitos
Humanos. Esse é o assunto mais difícil de falar. É o tema que mais tem causado
confusão, não é à toa. A ideia dos Direitos Humanos é, realmente, uma causa
nobre. Contudo estão fazendo dos Direitos Humanos uma forma de subverter o
Direito comum. Estão começando a passar a mão na cabeça de quem não deve, estão
justificando coisas que não são para ser justificadas. A redução da maioridade
penal é o principal assunto do momento em relação a isso. Estou de acordo de
que a redução não resolverá a situação. Mas não é por isso que os menores não
devem ser punidos. Antes de continuar ressalto: Devemos acabar com o senso
comum de que menor não é punido, eles são, mas ainda é pouca punição e um
sistema falho. Não podemos punir policiais por matarem inimigos da sociedade
(bandidos). Claro que não podemos aplaudi-los quando matam inocentes. Não
podemos pegar pesado com um jovem rico e aliviar o lado de um jovem pobre, sei
que as condições e os meios interferem no indivíduo (isso é o que diz a
sociologia do Fato Social de Émile Durkheim), mas isso não significa que
devemos aliviar a pena por causa disso. Isso cria um estado de falsa Justiça.
Devemos acabar com o meio e não com o produto dele, mas enquanto não acaba devemos
agir corretamente com as pessoas.
Eu devia falar
sobre a pena de morte, mas não acho adequado para o momento.
Seguindo ainda
o mesmo meio falarei sobre a Polícia. A corrupção é humana, a polícia é feita
por humanos, logo há policiais corruptos. Mas isso não quer dizer que todos
sejam. Vejo uma crescente vertente esquerdista tentando menosprezar o trabalho
da polícia, tentando fazer que todos se tornem ou pareçam maus. Não adianta,
pois sempre será preciso alguma guarda, seja com o nome de guarda real, seja
como mosqueteiros, seja como jedis, seja como for é preciso que haja uma força
do Estado para que se defendam os valores da sociedade e que zele pelo
bem-estar dela. Às vezes a força do Estado precisará usar a força e julgar isso
como errado não é uma boa ideia, pois os males da “não ação” vêm para nós como
sociedade. Ao mesmo tempo em que defendo a polícia digo que devem ser punidos
todos os corruptos dentro dela, todos os que se beneficiam com tráfico, todos
os que aceitam suborno, todos os que se omitem em auxiliar o povo etc.
O politicamente correto é uma chatice sem
fim. Essa onda “humanista” que vem para dizer que as pessoas não podem ser
chamadas por coisas “estereotipadas” é uma forma, patética, de auto-vergonha.
Não pode chamar o a pessoa pelo o que ela é. A ideia de que tudo é ofensivo
começa a preocupar quando levamos em consideração o que acontece na área
humorística. Não pode mais fazer piada com homossexual, com negro, com gordo,
com magro, com pessoas altas, com pessoas baixas. Eu sou preto, baixinho,
espinhento, feio como o guarda do inferno e não vejo o menor motivo para não me
chamarem assim, pois é o que sou e, na verdade, gosto de fazer de tudo isso uma
piada. Falta o “amor por si próprio” para entender que não é só e somente
ofensas, há também brincadeiras. A pessoa que se ofende a toa é porque não vê o
que é ou tem vergonha de se assumir como algo. Não devemos nos envergonhar
daquilo que somos, pois somos o que escolhemos ser.
Deficiências.
Outro assunto muito delicado para se falar. Primeiramente digo-lhes que o que
falarei sobre deficientes físicos e mentais pode não ser de agrado de todos e
que é a minha opinião sobre o assunto, então peço que leiam o próximo capítulo
com um pouco mais de imparcialidade.
Deficientes são
deficientes, pois são diferentes da “sociedade padrão”. Não é mérito ou
demérito ser deficiente, porém eles não são super-heróis. Os deficientes
físicos têm limitações, mas são melhores aceitos pela sociedade, pois esses
ainda têm uma “semelhança” maior com os outros. Contudo os deficientes mentais
correm certos riscos que não deveriam. Uma pessoa que tem alguma deficiência
mental, cuja mexe com o nível de inteligência, nível de aprendizagem, nível de
socialização sofre uma série de desafios que hoje em dia a Esquerda quer pôr,
dando a ilusão aos pais de crianças deficientes que vai dar certo. Não pode dar
certo isso, pois crianças especiais precisam de cuidados especiais. Uma pessoa
com Síndrome de Down numa sala com alunos “normais” pode sofrer por causa das
outras crianças ou as crianças serem atrapalhadas por causa dela. As crianças a
perturbarão, irritarão, zombarão e, mesmo com conversas e outras tentativas dos
adultos, não vão parar, porque é diferente. A esquerda virá dizer: Mas as
crianças devem ser educadas a não fazer. Eu sei, mas é a natureza da criança e
o que vai acontecer, vão excluir a deficiente, piorando a situação, pois está
verá que tem algo errado com ela e as outras pessoas não gostam dela, aí a
pessoa deficiente pode começar a agir de forma violenta, depressiva, entre
outras formas.
Outro ponto
feio para a Esquerda é o achar-se superior. As pessoas de esquerda assumiram o
seguinte discurso: “Nós sabemos, nós fazemos, quem não concorda ou é alienado
ou é fascista”. Isso é um erro. Essa movimentação toda de conhecimento é falha
entre eles, pois a maioria dos jovens que se dizem revolucionários não entendem
os meios e fins. Muitos estão lutando porque querem acabar com o sistema, mas
vivem de mamãe e papai, lutam pela legalização da maconha, porque querem passar
a tarde inteira fumando na praia, estão ali porque, em algum momento, alguém
pôs em suas cabecinhas de que o mundo é cruel e dá para mudar isso. Mas eles
nunca leram nada. Não conhecem a crueldade de Maquiavel, a bondade de Rousseau,
a separação de Montesquieu, a união de Marx, a república de Platão, a política
de Aristóteles, o fato social de Durkeim, a ação social de Weber. Os jovens da
esquerda, a nova esquerda está perdida em conhecimento, mas acha que sabe
demais. Estão fazendo discursos sem sentido e discussões que não aguentam.
Enfim, a
Esquerda precisa começar a se reavaliar, porque, se não o fizer, ela perderá
força, ruirá suas bases e cairá no esquecimento. A mudança é necessária, mas
nada se consegue quando algo muda de repente, o nome disso é golpe. Que a
esquerda aprenda a maneirar seus exageros e controlar suas vontades, para ter
um movimento mais justo e puro. Lembremos que para o dia virar noite, primeiro
vem a tarde, depois o céu escurece, só então vem a lua.
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