Lambe languida a pele e fere a tua compostura
Louva o céu vermelho da tua boca
É febre dócil da loucura
Une a carne branca a minha escura
Laços. Pernas. Beijo ácido
Olha a lua reluzente. Uiva ao céu em noite quente
Fecunda a terra em tesão
Grita e deixa marca no colchão
Obscenos espectros na madrugada
Pesadelo da solidão
Conhaque no fundo do copo
Gemido na borda do corpo
Lascivo o corpo sua
A casa do pecado transborda
Inunda o chão
Escorre pela face
Renasce impura.
(Waleska Zibetti)
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