sábado, 28 de março de 2015

PUTA QUE PARIU!

O SUMIÇO DA CHAVE
Uma crônica por  Gabriella Gilmore

(Dedico esta crônica a Angélica Farias, Suzana Barbi e a minha chefe querida, sucesso, luxo toda.)








O despertador toca as 7am em ponto. 
Eu acordei 6:58.
Ainda morceguei por dois minutos, antes de escutar a música da Ashley Simpson me animando para mais um dia de trabalho.
“Hoje vou tomar café no trabalho”. Pensei.
Lavei o rosto, liguei The Veronicas no meu palm treo, comecei a recolher meus materiais da faculdade para por tudo na mochila antes de sair, vesti o Jeans e lembrei de checar as chaves do trabalho. Quando fui conferir na mochila, cadê elas?
“Não é possível”. Murmurei.
Olhei em outros lugares aonde costumo deixá-las, e nada.
Respirei fundo e fui tentar refazer a minha noite passada, quando as peguei pela última vez.
“Maldição! Deve ter caído no jardim quando fui destrancar minha bicicleta”.
Peguei a mochila, vesti uma blusa de frio e fui correndo verificar.
Pulei o portão quando alguém me grita:
- O que você está fazendo?
- Estou sem as chaves, preciso ver se as deixei cair aqui na grama ontem a noite.
- Está querendo roubar a escola?
- Oh meu senhor! Eu trabalho aqui.
- E você entra no seu trabalho arrombando o portão?
*&%%#%¨&¨%&&@ 
Bati o portão na cara do velho e sair correndo para a faculdade.
“Só pode ter caído lá no estacionamento. OH CÉUS!!!”
Corri 4 km a fio, mentalizando a chave lá no chão, perto as infinitas folhas do fim de inverno.
Não encontrei.
“Ok Gabriella. Pode pirar.” Arregalei os olhos. “ Ah, vou no achados e perdidos!”
(FF >>>>>>>) Adiantando a fita.
Não encontrei.
“Droga. Agora tenho que falar para minha chefe que as perdi. Meu Deus! Agora vamos ter que trocar as fechaduras e ainda será descontado no meu salário, claro, a culpa é exclusivamente da minha mente mofada.” Meus olhos foram enchendo d’água.
Pedalei novamente sentido colégio Ibituruna e me preparava pelo sermão.
Tive uma LUZ!!!
“Vou pedir as chaves dela emprestada, falando que deixei as minhas na minha gaveta. Pelo menos vou ter mais um tempinho para pensar em algo.”
Cheguei na portaria e pedi para falar com a Adriana urgentemente. 
“Adriana Maria. Favor comparecer à recepção”.
Aquela voz nasal me fez rir. Era a secretária anunciando a chefe no rádio.
Minha chefe desceu branca. Com certeza ela deve ter pensado que alguém deveria ter roubado a escola. Por sorte, não foi isso. “Sorte nada. A chave estava por ai, perdida, ao léu, sentindo frio ou nas mãos de estranho”. Eu pensava e pensava...
- O que aconteceu fina? 
- Então, calma. Não consigo encontrar minhas chaves. Devo ter as deixado na gaveta. Você trouxe a sua?
(FF >>>>>>>>>>>)
Corri léguas e léguas, ansiosa para encontrar as malditas lá na minha gaveta.
E acredita que elas estavam lá??
Aff, como disse a Angélica: a gente só deixa para pensar no óbvio quando acha que já está tudo perdido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário