domingo, 8 de março de 2015

O ponto de Deus e outras drogas.



O “PONTO DE DEUS” e outras drogas.

Um dos tipos mais impressionantes de estado alterado é o de sentir uma “presença” invisível – frequentemente interpretada como a consciência de Deus. Estudos cerebrais descobriram que essa sensação se deve à atividade em uma área do lobo temporal. Esse “ponto de Deus”, como é popularmente conhecido, costuma ser ativado em situações nas quais um período de estresse é repentinamente interrompido por uma experiência prazerosa. Ele também pode ser estimulado artificialmente, ou induzido por estimulações magnéticas transcraniana (que inibe a atividade em partes específicas do cérebro). Os lobos temporais são uma das áreas associadas ao nosso sentido de identidade. Uma teoria sobre a misteriosa presença sentida quando a área do “ponto de Deus” é inibida em um lado do cérebro é que a área equivalente do outro hemisfério inunda a consciência com uma sensação espiritual sentida como se viesse de fora.
MEDICAMENTOS E A MENTE
Muitos medicamentos usados no tratamento de doenças afetam o cérebro de tal maneira que a consciência é alterada. Algumas drogas são fabricadas com essa finalidade: tranquilizantes, antidepressivos e certos analgésicos agem diretamente no cérebro, alterando o fluxo de neurotransmissores no intuito de melhorar a disposição ou deter a dor. Entretanto, os efeitos desses medicamentos não podem ser previstos de maneira precisa. Às vezes, eles não apenas aliviam sintomas desagradáveis, como também desencadeiam experiências como a desrealização ou a euforia. Outras drogas também afetam o cérebro indiretamente: os anti-histamínicos, por exemplo, são capazes de provocar sonolência, e os esteroides, euforia.

FATO: Medicações da atividade elétrica em “acupontos” no corpo – os pontos usados na acupuntura chinesa – revelaram uma ligação entre relatos de experiências transcedentais e alterações no fluxo da corrente.



DROGAS E ALUCINAÇÕES
As alucinações podem ser provocadas por uma grande variedade de drogas. Algumas, incluindo o LSD, o peiote, a mescalina e a heroína, são usadas especificamente com esse propósito, ao passo que outras podem provocar alucinações como um efeito colateral. As últimas incluem medicamentos com receita controlada utilizados para tratar pressão arterial alta (clonidina), dores (pentazocina, fentanil) e a depressão (Prozac).
O tipo de alucinação depende de qual parte do cérebro é mais afetada pela droga. Aquelas que têm como alvo o córtex visual produzem cores e formas que giram e se movimentam rapidamente, provocando uma percepção alterada do tamanho e da forma dos objetos. Aquelas que afetam áreas mais “importantes” do cérebro – onde as sensações são interpretadas – podem levar objetos a realizar atos estranhos: uma aranha pode começar a pular carniça com um gato de repente. As drogas que afetam o córtex auditivo podem alterar a maneira pela qual o som é ouvido, ou provocar ruídos fantasmagóricos. Algumas substâncias químicas (incluindo o álcool e os esteroides) induzem sensações táteis como a de “insetos” rastejando sobre a pele. O nitrato de amila provoca sensações genitais que frequentemente estimulam o despertar sexual. As drogas que atuam principalmente no sistema límbico, como o Ecstasy, podem causar alucinações emocionais, como um sentimento intensificado de beleza e amor, e aquelas que estimulam os lobos frontais (anfetaminas, cocaína) provocam delírios de poder e força.


Créditos: Reader’s digest (Maximize o potencial do seu cérebro)

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