Estou relatando o ocorrido
como testemunha ocular e participante interessada do evento.
Há quase dois meses atrás só
se ouvia falar, entre alunos e professores, sobre a grande feira cultural que
Governador Valadares – MG iria assediar no Parque de Exposições.
Com atividades diversas, entre
feiro do livro, amostra de cinema, parque de diversões, muitas palestras
interessantes dentre outros entretenimentos, a Feira Saber Mais começou com o pé esquerdo.
Esperei ansiosa por assistir a
palestra sobre Educação Inclusiva que estava marcada para as 21hrs no dia 12 de
março de 2015. Chegamos às 19 horas para poder nos situarmos e de cara sentimos
falta de sinalizações. Muitas pessoas nos abordavam perguntando onde estava
acontecendo às palestras, pois eu estava usando a credencial e eu falava que
também estava perdida.
Uma das primeiras coisas que
eu queria ver era a feira do livro. Chegando lá, alguns estandes ainda estavam sendo
ajeitados, e logo em frente, meia dúzia de pessoas assistiam a abertura feita
pela prefeita.
Namorei alguns livros, comprei
alguns exemplares, mas eu não tirava os olhos do relógio preocupada em perder o
início da palestra, ainda mais que não havíamos encontrado o local certo.
Quando faltavam 30 minutos, eu
junto de uma amiga, nos dirigimos para o local aonde pensamos que poderia ser a sala
da palestra. No caminho, encontramos um colega que estava trabalhando na
sonorização de alguns ambientes. Ele havia comentado como esse grande evento
havia sido feito as pressas.
Quando chegamos ao local das aulas, perguntamos ao recepcionista e o segurança se ali aconteceria a tal apresentação
que eu havia comprado para assistir, e eles não souberam responder, comentando
por alto dizendo que o nome da palestrante que eu havia dito não daria a conferência
e que seria outra pessoa. Ali já percebi a desordem.
Corri no stand da SMED
(inclusive minha amiga professora ficou sabendo do evento no dia anterior. Como
pode isso Brasil? Sendo que SMED é o órgão que ela trabalha!) para me
certificar de detalhes.
Peguei meia informação e
corri novamente ao local e encontramos com a simpática atual palestrante, a que
até então não estava no panfleto do evento. (Trocaram de última hora?) Garfes e
mais garfes nesse evento.
Ali, ela comentou que talvez fossem
cancelar a aula porque houve uma série de atrasos e que não tinha pessoas o suficiente
para assistir.
(Meu mundo caiu).
Depois disso, rodei o parque
todo atrás de um coordenador para esclarecer isso e me devolver o dinheiro, que
inclusive muitos palestrantes não sabiam que estava sendo cobrado dos participantes.
Quando chegamos ao local para reclamar, já havia várias professoras indignadas
querendo explicações. Muitas delas compraram o passaporte e estavam prestes a
serem lesadas por falta de planejamento ou seriedade. Esse é o país avacalhado
que moramos. Tudo que envolve cultura é feito pelas coxas.
O evento foi divulgado alguns
meses antes e como isso pode acontecer?
Algumas professoras e alunas
protestaram querendo o certificado de participação da palestra mesmo sem
terem visto. E eu quis meu dinheiro de volta, e pensei no tanto de pessoas que
compraram e que não atinaram em correr atrás do prejuízo, tanto intelectual
quanto financeiro.
O evento que ocorrerá em 4
dias não tinha banheiros químicos, (até ontem pelo menos), e eu ainda precisei
ouvir isso do coordenador A.Perim “ Nem a Exposição Agropecuária que é o maior evento da cidade não se usa banheiros químicos, por que solicitaríamos
para este?”
Um descaso total.
O evento tinha tudo para ter
uma estreia maravilhosa porque o espaço é ótimo, tinha bons lugares para comer
e muita coisa legal para ver, e ainda escutei que Relber e Allan fizeram show
para 30 pessoas.
Ah, quanto a isso, nem ligo...
rs
Minha nota para a primeira impressão
do evento foi 4.5.
Se eu voltaria na próxima
edição? Acho que sim, porque meu sonho é que muitos eventos culturais façam
mais parte do cotidiano do povo.
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