sexta-feira, 13 de março de 2015

Feira Saber Mais começa de pé esquerdo


           
Estou relatando o ocorrido como testemunha ocular e participante interessada do evento.

Há quase dois meses atrás só se ouvia falar, entre alunos e professores, sobre a grande feira cultural que Governador Valadares – MG iria assediar no Parque de Exposições.
Com atividades diversas, entre feiro do livro, amostra de cinema, parque de diversões, muitas palestras interessantes dentre outros entretenimentos, a Feira Saber Mais começou com o pé esquerdo.
Esperei ansiosa por assistir a palestra sobre Educação Inclusiva que estava marcada para as 21hrs no dia 12 de março de 2015. Chegamos às 19 horas para poder nos situarmos e de cara sentimos falta de sinalizações. Muitas pessoas nos abordavam perguntando onde estava acontecendo às palestras, pois eu estava usando a credencial e eu falava que também estava perdida.
Uma das primeiras coisas que eu queria ver era a feira do livro. Chegando lá, alguns estandes ainda estavam sendo ajeitados, e logo em frente, meia dúzia de pessoas assistiam a abertura feita pela prefeita.
Namorei alguns livros, comprei alguns exemplares, mas eu não tirava os olhos do relógio preocupada em perder o início da palestra, ainda mais que não havíamos encontrado o local certo.
Quando faltavam 30 minutos, eu junto de uma amiga, nos dirigimos para o local aonde pensamos que poderia ser a sala da palestra. No caminho, encontramos um colega que estava trabalhando na sonorização de alguns ambientes. Ele havia comentado como esse grande evento havia sido feito as pressas.
Quando chegamos ao local das aulas, perguntamos ao recepcionista e o segurança se ali aconteceria a tal apresentação que eu havia comprado para assistir, e eles não souberam responder, comentando por alto dizendo que o nome da palestrante que eu havia dito não daria a conferência e que seria outra pessoa. Ali já percebi a desordem.
Corri no stand da SMED (inclusive minha amiga professora ficou sabendo do evento no dia anterior. Como pode isso Brasil? Sendo que SMED é o órgão que ela trabalha!) para me certificar de detalhes.
Peguei meia informação e corri novamente ao local e encontramos com a simpática atual palestrante, a que até então não estava no panfleto do evento. (Trocaram de última hora?) Garfes e mais garfes nesse evento.
Ali, ela comentou que talvez fossem cancelar a aula porque houve uma série de atrasos e que não tinha pessoas o suficiente para assistir.
(Meu mundo caiu).
Depois disso, rodei o parque todo atrás de um coordenador para esclarecer isso e me devolver o dinheiro, que inclusive muitos palestrantes não sabiam que estava sendo cobrado dos participantes. Quando chegamos ao local para reclamar, já havia várias professoras indignadas querendo explicações. Muitas delas compraram o passaporte e estavam prestes a serem lesadas por falta de planejamento ou seriedade. Esse é o país avacalhado que moramos. Tudo que envolve cultura é feito pelas coxas.
O evento foi divulgado alguns meses antes e como isso pode acontecer?
Algumas professoras e alunas protestaram querendo o certificado de participação da palestra mesmo sem terem visto. E eu quis meu dinheiro de volta, e pensei no tanto de pessoas que compraram e que não atinaram em correr atrás do prejuízo, tanto intelectual quanto financeiro.
O evento que ocorrerá em 4 dias não tinha banheiros químicos, (até ontem pelo menos), e eu ainda precisei ouvir isso do coordenador A.Perim “ Nem a Exposição Agropecuária que é o maior evento da cidade não se usa banheiros químicos, por que solicitaríamos para este?”
Um descaso total.
O evento tinha tudo para ter uma estreia maravilhosa porque o espaço é ótimo, tinha bons lugares para comer e muita coisa legal para ver, e ainda escutei que Relber e Allan fizeram show para 30 pessoas.
Ah, quanto a isso, nem ligo... rs
Minha nota para a primeira impressão do evento foi 4.5.

Se eu voltaria na próxima edição? Acho que sim, porque meu sonho é que muitos eventos culturais façam mais parte do cotidiano do povo.

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