Por Gabriella Gilmore
“Não se trata de interpretar diferentemente o mundo, mas de transformá-lo”.
Karl Marx e seu pensamento de um mundo mais justo.
Karl Marx foi um idealista, economista, cientista social e revolucionário socialista do século XIX. Cursou Filosofia, Direito e História. Trabalhou na juventude como jornalista em Colônia, assinando artigos racial-democratas que irritaram grandemente as autoridades do país. Chegou a ser expulso de vários países europeus por conta de seu radicalismo. Era o principal inimigo do Capitalismo e dizia que este era o principal responsável pela desorientação humana.
Teve por um bom tempo, o filósofo Hegel como seu mentor, e em conjunto com seu grande amigo Engels, publicaram o “Manifesto do Partido Comunista”, um conjunto afirmativo de idéias de ‘verdades’ em que os revolucionários da época acreditavam.
Marx pensava muito sobre as questões econômicas da época, as injustiças salariais, pessoas trabalhando muito para obter pouco, exploração no trabalho e por ser um estudante com idéias de revolução, foi criando teorias e pensamentos sobre aquele sistema Capitalista.
Ele defendia a idéia materialista de que tais condições materiais de vida numa sociedade determinava nosso pensamento e nossa consciência. As condições materiais eram decisivas também para a evolução da história. Karl Marx pensava que o que era moralmente correto era produto da base social, pois antigamente os pais escolhiam para os filhos com quem iriam se casar, afinal, tratava-se também de quem herdaria as terras. Ele ainda afirmava que em geral era a classe dominante numa sociedade que determinava o que era certo ou errado, pois para ele toda a história era uma luta de classes.
Quando falamos sobre materialismo, ser uma pessoa materialista, não significa que esta só pensa em bens materiais, como se a única coisa que realmente tivesse importância é o que você possui com o dinheiro, porém, Marx dizia que os homens deveriam estar em condições para poder viver a fim de fazer história, além disso, falava que para viver era necessário beber, comer, ter um local para morar, vestir-se etc.
Muitas pessoas tinham essa consciência, e a todo custo faziam para que a renda que obtivessem trabalhando ou explorando, fosse maior, e com esse movimento automático, as pessoas não refletiam sobre as conseqüências que isso gerava.
Para produzir os meios para suprir nossas necessidades materiais, precisamos organizar-nos socialmente, estabelecendo relações sociais. Para nos alimentarmos, precisamos matar um animal, para mobiliar uma casa precisamos destruir árvores, queimá-las, poluindo assim o meio ambiente, dentre outras questões. O ser humano acaba querendo dominar as condições naturais, e esse ato de produção gera novas necessidades.
Marx e Engels enfatizavam que a classe que detém o poder material numa dada sociedade era também a potência política e espiritual dominante.
Se analisarmos o contexto histórico, nos primórdios, perceberemos que havia um espírito de coletivismo: todos compartilhavam da mesma terra, não havia propriedade privada; até a caça era compartilhada por todos. Eles se preocupavam um com os outros. Com o passar do tempo, o homem e suas descobertas territoriais, acabou tornando inevitáveis as colonizações, portanto, o escravismo por conta da ambição. Depois é implantado o sistema feudal, e mais adiante com a Revolução Industrial, surge à classe do proletariado.
Karl Marx dizia que a história da humanidade seria constituída por uma permanente luta de classes, classes essas que para Engels são “os produtos das relações econômicas da sua época.” Sabemos que a base da sociedade é a produção econômica, e Marx queria a inversão da pirâmide social, que ainda era o capitalismo (patrões) no topo e o proletariado (trabalhador alienado) abaixo. Se o trabalhador tivesse no comando, seria a única força capaz de destruir a sociedade capitalista, para assim construir uma nova sociedade, Socialista.
Marx tentou demonstrar que no Capitalismo sempre haveria injustiça social, e que o único jeito de uma pessoa ficar rica, seria explorando os trabalhadores, pois o operário produz mais para seu patrão do que para seu próprio sustento, gerando assim lucro (mais-valia) para a indústria.
Marx morreu tentando mostrar para a sociedade que a coletividade seria mais justa, que a alienação gerava um trabalho escravo e que no Capitalismo sempre haveria injustiças.
Apesar de ter sido ignorado por estudiosos da sua época, Marx foi um dos pensadores que mais influenciaram a história do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário