terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Morro dos ventos uivantes - Poesia


Por Gabriella Gilmore

Tenho um amor reprimido por esta história de Emily Bronte.
Em 2009 escrevi esta poesia e gostaria de dividir com vocês.
E fica a dica de leitura para quem ainda não leu "O morro dos ventos uivantes". A história rendeu algumas versões de filme por ser tão singela e tocar em tópicos tão sutis.




À Heathcliff

Guarde dentro de você suspiros meus
Lembranças de tardes na charneca
Enquanto eu deitada em seus braços
Você me chamando de sua boneca

Mas se nos casássemos naquele tempo
Fome e miséria íamos passar
Eu não queria isso para nós
E temia um final degradar

Não sei do que são feitas nossas almas
Mas elas são iguais
Genuína, inquieta e alva

Se tudo ficar e esse amor desaparecer
Eu ficarei no mundo só
Apenas desejando desfalecer

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