Por Gabriella Gilmore
Acredito que todas nós, do clube, vamos nos identificar com o tema. Eu e
mais duas colegas estamos chegando aos 30.
Estou solteira basicamente por opção. Hoje nós não temos mais aquela
pressão de casar para não ficar encalhada ou mal falada na sociedade, como mostra
o caso da personagem Julia no início do século XIX. Antigamente o papel da
mulher era ser esposa, dona de casa e mãe. Hoje as mulheres podem ser isso e
muito mais, abrindo assim o seu leque de opções.
Eu costumo ser durona quanto aos meus sentimentos, e vivo dizendo que
não acredito no amor. Mas lá no fundo eu ainda acho que esse amor romântico
(por não tê-lo encontrado) possa ser a causa da minha “solteirice”.
Há um trecho de uma carta que Julia escreve para Luiza no qual preciso
dividir com vocês.
“Juramos ambas que a primeira que
casasse narraria fielmente à outra esses segredos do himeneu, essas alegrias
que as nossas almas jovens nos figuravam tão deliciosas. Essa noite será o teu
desespero, Luiza. Naquele tempo eras novas, formosa, despreocupada, senão
feliz; um marido tornar-te-á, em poucos dias, o que eu já sou, feia, doente e
velha. Dizer-te como me sentia altiva, vaidosa e feliz por desposar o coronel
Vitor d’Aiglemont seria um loucura! E como havia de dizer agora? Já nem me
lembro sequer de mim. Em poucos dias, a minha infância tornou-se como um sonho.”
Esse trecho mostra um pouco a decepção que a personagem tem após um ano
de casada. O que será que ela esperava encontrar com o casamento? E como ela
deve estar se sentindo por não ter escutado a opinião de seu pai, quando este
não aprovou o seu casamento com o coronel?
Nos dias de hoje, muitos dizem que o casamento é uma instituição falida,
o que você pensa sobre isso, caro leitor?!
O tema deste livro será discutido até dia 16 de março. Deixe sua opinião
e interaja conosco.
Até o próximo post.
Beijos!
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