quinta-feira, 24 de julho de 2014

Valha-me, Nossa Senhora! Cuide de Suassuna.

Valha-me Nossa Senhora, 
Mãe de Deus de Nazaré!
(Ariano Suassuna, in "O Auto da Compadecida")

Ariano Suassuna foi o dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta brasileiro; falecido ontem em Recife aos 87 anos vítima de um AVC hemorrágico. 

 Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Abandonou a carreira em 56 para tornar-se de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. Em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste. Entre 1958-79, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de “romance armorial-popular brasileiro”. Membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Faculdade Federal do Rio Grande do Norte (2000). Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário entitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar. 

 Suassuna ficou famoso no cenário literário popular brasileiro por uma literatura regionalista onde desfilam personagens caricatos que traduzem muito da cultura nordestina. E João Grilo é de longe o personagem mais popular desse escritor que nos deixará com muita saudade. E é com João Grilo que encerro esse edital. Nunca dizendo adeus um poeta, porque eles estão imortalizados nos universos particulares de seus leitores. Mas infelizmente, mais uma vez esse mês dizendo “Até breve” a um dos melhores de nossa literatura.



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